Transgênicos alcançam o posto de carro-chefe na agricultura
Processo de adoção pelos produtores rurais deve ser permanente
De acordo com informações divulgadas recentemente a partir de dados da consultoria Céleres, especializada em agronegócio, mais de 37 milhões de hectares estão semeados com produtos transgênicos no país em 2013, 14% a mais do que no ano passado.
Na opinião do presidente da Abrasem – Associação Brasileira de Sementes e Mudas, Narciso Barison Neto, o sucesso das sementes transgênicas nas lavouras brasileiras é sinal de aprovação do produtor e reflexo da boa qualidade dos produtos. “Quando se tem sucesso no mercado é porque você tem um produto bom, que agregue vantagens ao produtor, seja aceito e aprovado pelo mercado”, afirma.
As sementes transgênicas, que chegaram ao Brasil ilegalmente em 1997 e enfrentaram uma grande resistência, ocupam atualmente a maior parte das lavouras cultivadas do país, sendo em sua maioria com a cultura de soja. Estima-se que 99% das lavouras gaúchas de soja sejam transgênicas. “Isso trouxe muitos benefícios, por isso temos este avanço crescente tanto na soja, milho quanto no algodão, sendo que existem também alguns ensaios na área do feijão”, revela Narciso.
Uma das razões para que isto se confirme é o atual crescimento no número de eventos nesta área que trarão assuntos como a tolerância à seca, o ômega três e o maior nível de proteína na soja, por exemplo. “Eu acho que a transgenia é um processo infinito que vem com grandes possibilidades”, garante o presidente ao revelar que atualmente 84% das culturas já estão sendo cultivadas com sementes transgênicas. “Para nós, não é importante que desapareça a semente convencional e orgânica, mas é essa a função do setor de sementes, transferir para o agricultor a biotecnia genética”, finaliza.