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Antracnose

(Colletotrichum fragariae) Culturas Afetadas: Morango

Relatada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1931, e no Brasil, em 1964, a antracnose é considerada uma das principais doenças da cultura. Pode ocorrer em plantas de qualquer idade, porém, é particularmente grave na época do transplante das mudas, reduzindo drasticamente o estande.

Danos: Rizomas atacados, quando cortados, exibem podridão de consistência firme, extensão e formato variáveis, cuja tonalidade varia do marrom-claro ao avermelhado, razão pela qual a doença é conhecida entre os agricultores como “chocolate” ou “coração vermelho”. Como conseqüência da destruição dos tecidos vasculares do rizoma, responsáveis pela condução da seiva, aparecem sintomas reflexos na parte aérea. Plantas doentes destacam-se por murcha e seca progressiva, iniciando pelas folhas mais velhas. O sintoma de chocolate é a principal característica da doença, permitindo distingui-la da murcha de Verticillium.

Nos estolhos e pecíolos ocorrem lesões marrons, alongadas, deprimidas, com uma linha bem definida demarcando o tecido doente da região sadia. A extensão e profundidade da lesão variam, de acordo com o grau de resistência da planta. Pode haver o estrangulamento da área atingida, resultando na seca da região acima do local afetado. Durante a fase de formação de mudas, o estrangulamento dos estolhos provoca a morte das plantas jovens, ainda sem raízes para se sustentar. O fungo pode atingir os rizomas e quando essas mudas são transplantadas para o campo, aparecem os sintomas de murcha e morte subseqüente.

Nas folhas, podem ocorrer manchas necróticas escuras, circulares, de 0,5 a 2 mm de diâmetro, geralmente em associação com lesões nos pecíolos e estolhos. No entanto, essas manchas podem ocorrer na ausência de qualquer outro sintoma. Frutos em qualquer estádio de desenvolvimento podem apresentar sintomas, caracterizados por lesões arredondadas e ligeiramente deprimidas, cor castanha a marrom-escura e consistência firme. Essas lesões podem coalescer, tomando grandes extensões, ou até mesmo o fruto todo.

Controle: A principal medida de controle consiste no uso de mudas isentas do patógeno. Solos com alta fertilidade favorecem a doença e, portanto, os viveiros de mudas devem ser localizados cm terrenos com fertilidade apenas suficiente para o estabelecimento das plantas. Ao primeiro sintoma da doença, recomenda-se suspender a adubação nitrogenada e potássica. O controle através de resistência genética deve ser sempre utilizado, desde que existam cultivares disponíveis que atendam as exigências do mercado e do produtor. A utilização de fungicidas é outra medida muitas vezes necessária. As mudas podem ser tratadas preventivamente por imersão em solução contendo fungicida.

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