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Colheita de milho desacelera no Rio Grande do Sul

Em termos de produtividade, há uma grande variação entre as regiões


Foto: Agrolink

A colheita do milho desacelerou, apresentando um avanço de apenas 1% em relação à semana anterior, atingindo assim 83% da área total, de acordo com o informado no Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). O período foi marcado não apenas pela priorização da cultura da soja, mas também por condições climáticas adversas, incluindo precipitações e umidades relativas altas. Essas condições prejudicaram a obtenção do ponto de maturação de colheita em diversas regiões do Estado.

Os dados deste Informativo foram levantados pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar na semana passada (22 a 28/04), quando algumas regiões já tinham sido atingidas pelas fortes chuvas. Já sobre o clima, com chuvas ainda mais fortes e intensas, os dados foram coletados até quarta-feira (01/05).

De acordo com o relatório, em Aceguá, na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as lavouras foram duramente atingidas por um temporal na madrugada de 27 de abril, resultando em grandes perdas devido ao tombamento das plantas provocado pelos fortes ventos e pela enxurrada em áreas próximas a cursos d’água transbordados. Como a produção de milho no município e na região é voltada predominantemente para o autoconsumo, a colheita ainda não foi iniciada. Cerca de 60% das áreas estão em fase de maturação, e a grande parte da colheita será realizada manualmente, aguardando a liberação das colhedoras utilizadas nas lavouras de soja.

Situações semelhantes foram observadas em outras regiões do Estado. Em Candiota, por exemplo, as lavouras altamente afetadas pela estiagem ocorrida entre fevereiro e a primeira quinzena de março estão sendo destinadas à alimentação dos animais, devido ao baixo potencial produtivo e ao alto custo da colheita mecanizada.

Em termos de produtividade, há uma grande variação entre as regiões. Nos Campos de Cima da Serra, o rendimento médio é de 8.200 kg/ha; na Serra, de 7.000 kg/ha; e na região das Hortênsias, de 5.650 kg/ha. Entretanto, em algumas áreas, como em Santa Maria, as perdas chegaram a 17,12% devido à irregularidade das precipitações.

Além dos desafios climáticos, a incidência da cigarrinha-do-milho tem sido uma preocupação para os produtores, afetando o desenvolvimento das plantas em várias regiões do Estado. Em resposta a essa diminuição de produtividade, alguns agricultores optaram por transformar o cultivo em silagem de planta inteira.

Em relação à comercialização, o valor médio da saca de 60 quilos de milho teve uma leve redução de 0,13%, passando de R$ 53,98 para R$ 53,91, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar.

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