Helicoverpa armigera: Governo precisa fechar as portas para espécies exóticas
O alerta é feito por Cecília Czepak, pesquisadora da UFG
Agrolink
- Leonardo Gottems
“Temos que fechar as portas para as inúmeras espécies exóticas que ainda podem entrar no Brasil e causar prejuízos iguais ou maiores que a famigerada Helicoverpa armigera”. O alerta é feito por Cecília Czepak, pesquisadora da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), nessa última matéria da série publicada pelo Portal Agrolink sobre as origens, o presente e o futuro fitossanitário brasileiro.
Questionada sobre como a H. armigera entrou no Brasil, a doutora pela Universitá Di Degli Studi Di Perugia Perugia (Itália) afirma que “pode ter chegado de várias formas - acidental ou criminosa [...]
O que é preciso esclarecer é que não foi uma única entrada, pois pelo que estamos verificando, os espécimes coletados no Brasil tem origens diversas, conforme já publicado em artigo do CSIRO/Austrália”.
“Mas isso não importa mais para esta praga […] Agora nos resta estudar todo o comportamento desta praga no Brasil. Pode ter certeza: esta praga surpreende pela facilidade com que se adapta as condições adversas e as diferentes culturas”, adverte a especialista.
“Uma certeza nós temos: estas populações – e neste caso não estamos falando somente da Helicoverpa, mas também da falsa medideira e da mosca branca – estão resistentes a muitos dos nossos inseticidas. Se nossos governantes não tomarem medidas efetivamente sérias no combate a esta e as demais pragas, vamos todos sofrer as consequências em um futuro não muito distante!”, conclui Cecilia.
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