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Manejo pesqueiro de camarão de água doce é tema de oficina no Amapá

Manejo pesqueiro de camarões de água doce no estuário Amazônico


Com o objetivo de atualizar pescadores e técnicos de extensão vinculados à Agência de Pesca do Estado do Amapá (Pescap) sobre a execução do Projeto “Pesca Sustentável na Costa Amazônica” e atualizar as informações do sistema pesqueiro de produção de camarões de água doce no estuário amazônico, a Embrapa Amapá realizou na terça-feira, 22/11, no auditório Tucuju, a oficina “Manejo pesqueiro de camarões de água doce no estuário Amazônico: situação atual e perspectivas”.  Na ocasião, serão abordadas as etapas de produção de camarões na região, incluindo propostas de manejo pesqueiro e o uso de apetrechos de pesca mais eficientes e de menos impacto ao meio ambiente. Nesse contexto, será lançado o protótipo de matapi sintético para captura de camarões de água doce e apresentação de indicadores de ordenamento pesqueiro para o camarão-da-Amazônia. O matapi é uma armadilha em formato cilíndrico, confeccionada geralmente com tala da palmeira miriti, sendo utilizada para capturar camarão nos rios da Amazônia.

Como parte da programação, pela manhã a tecnóloga em gestão ambiental, Josineide Barbosa Malheiros, apresenta o andamento das atividades do projeto “Pesca sustentável na costa amazônica“, financiado pela Unesco e com abrangência em comunidades do litoral do Amapá, Pará e Maranhão. No Amapá, as comunidades beneficiadas estão localizadas nos municípios de Macapá (Bailique), Santana e Mazagão. O projeto Pesca Sustentável na Costa Amazônica visa a melhorar a renda e a qualidade de vida de pescadores e garantir que a cadeia produtiva dos recursos pesqueiros locais seja sustentável ecologicamente, economicamente e socialmente. Com duração prevista de sete a dez anos, o projeto é uma parceria da Unesco no Brasil com o Fundo Vale e foi elaborado coletivamente, com o envolvimento direto de representantes do governo federal, entre eles a Embrapa; governos do Pará, Amapá e Maranhão, de prefeituras, universidades, institutos de pesquisa, organizações não governamentais, lideranças comunitárias e pescadores. Ainda no período da manhã, o pesquisador da Embrapa Amapá, Jô de Farias Lima apresenta uma palestra abordando o sistema de produção pesqueiro do camarão de água doce no estuário Amazônico. Também faz parte da oficina, será realizada uma apresentação das ações realizadas no âmbito do projeto de manejo comunitário de camarões por ribeirinhos da Ilha das Cinzas, município de Gurupá (PA). No período da tarde, as atividades acontecerão no galpão de experimentos vinculados ao Laboratório de Aquicultura da Embrapa Amapá, onde os participantes conhecerão a prática de montagem do matapi sintético, uma proposta que resulta de um estudo do pesquisador Jô de Farias Lima, voltado para avaliação da eficiência de captura e a seletividade de matapis adaptados com três diferentes distâncias entre talas em relação a diferentes classes de tamanho. A avaliação dos modelos ocorreu em igarapés de duas áreas na foz do Rio Amazonas: Ilha de Santana e Mazagão Velho. 

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