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PB: Reunião do PAA com agricultores deflagra início da compra direta nesta quarta-feira

A estimativa é a aquisição de 593 toneladas até o final deste ano


Nesta quarta-feira (29), a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) inicia a compra direta do exercício 2017. O município de Alhandra será o primeiro beneficiado com o Plano Operacional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com a venda de 7 toneladas de alimentos da agricultura familiar.

A coordenação do PAA se reuniu na manhã desta segunda-feira (27) com representantes dos produtores do Cinturão Verde de João Pessoa e dos municípios de Alhandra, Pedras de Fogo e Pitimbu, beneficiados pelo Programa. “Estamos passando todas as orientações e definições para o início do Programa, que era uma grande expectativa dos agricultores”, disse Joaquim Pinto, coordenador do PAA.

A estimativa é a aquisição de 593 toneladas até o final deste ano, segundo informações de Joaquim Pinto. A compra é feita três vezes na semana em cada um município envolvido no Programa.

O PAA é um Programa federal desenvolvido pela PMJP em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Em João Pessoa, ele é executado pela Secretaria de Desenvolvimento Social – Sedes, através da Diretoria de Economia Solidária Segurança Alimentar e Nutricional – Dessan.

O Plano assegura a compra direta de produtos alimentícios de 362 produtores da agricultura familiar da Paraíba e garante comida na mesa de  mais de 65 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, usuários dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras), Cozinhas Comunitárias e Centros de Referência da Cidadania (CRCs).

Satisfação – durante a reunião, os agricultores não escondiam a satisfação com o retorno da compra direta dos seus produtos. O agricultor Marcos Antônio da Silva, coordenador do programa em Alhandra, considerou o PAA como a redenção na vida dos pequenos agricultores. “Só temos a agradecer a Prefeitura e quem iniciou esse programa”, destacou.

Segundo Marcos, antes havia uma incerteza na plantação e muitas perdas e dividas. Ele exemplificou o caso da macaxeira.  “O atravessador comprava por mil reais a tonelada sem ser pesada. A Prefeitura de João Pessoa compra por 2 mil e 500 reais, pesada no local. Temos o ganho real em peso e reais. Investimos com a certeza do ganho”, acrescentou.

Para o agricultor Sandro Altino da Silva, de Pedras de Fogo, o ponto mais positivo é que o pagamento é feito diretamente na conta bancária do agricultor. “Além do mais sabemos a quem vender e quem vai consumir. Antes recebíamos o dinheiro, plantávamos, colhíamos e não tínhamos a certeza da venda, isso gerava inadimplência, muita dívida no setor”, alegou.

O senhor Elizeu Antônio de Souza, de Pitimbu, disse que hoje só tem a agradecer a Deus e depois a PMJP. “Isso resolveu muito a situação do agricultor. Temos qualidade de vida, compramos o que necessitamos para nossas famílias, seja um transporte, roupa, alimentos, enfim, o necessário para sobreviver bem”, considerou.

Segurança –  O agricultor Alysson Nunes dos Santos , de Pitimbu, também falou sobre o PAA, dizendo que o grande marco foi o Programa ter se transformado em projeto de lei, uma política de estado. “A grande vitória é não correr o risco de acabar, teremos ele garantido por toda vida. É a segurança para o pequeno agricultor”, admitiu.

Cinturão Verde – O agricultor orgânico, Walter Joaquim, que está no Programa há 4 anos, também elogiou o programa e disse que ele veio mudar a situação do campo. “O PAA valoriza  a agricultura familiar, antes perdíamos muito e até tudo. Não sabíamos o que fazer. Ele foi uma porta aberta  para a nossa produção. Ninguém valorizava o produto orgânico, vendíamos pela metade do preço e ainda era difícil vender. Hoje vendemos o produto com segurança. É uma cadeia produtiva  que veio para nos salvar”, disse.

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