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Censo Agropecuário já coletou dados de 60% dos estabelecimentos da região

Os resultados do Censo devem começar a ser divulgados em meados de 2018.


Iniciado em outubro e com prazo de encerramento para fevereiro de 2018, o Censo Agropecuário 2017 chegou à metade das atividades nesta sexta-feira (15), com pelo menos 60% das propriedades rurais de Campo Mourão e região já recenseadas. Até fevereiro, os recenseadores vão visitar 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o país, dos quais 372 mil apenas no Paraná e aproximadamente 8.550 na região de Campo Mourão.

O objetivo do Censo Agro é levantar informações sobre produção, características dos trabalhadores do setor, o emprego de irrigação, o uso de agrotóxicos, entre outros temas. O papel da agricultura familiar na produção agropecuária também será pesquisado. Os resultados do Censo devem começar a ser divulgados em meados de 2018.

Em Campo Mourão a coordenadora da sub-área da agência do IBGE, Priscila de Moura Portela Bambini disse que os trabalhos caminham dentro do cronograma estabelecido. No entanto, a estimativa do IBGE de que a região tem mais de 8 mil estabelecimentos agropecuários para serem visitados não deve prevalecer, caindo esse número quase pela metade. “Essa era a realidade de dez anos atrás, mas agora, na prática, percebemos que muitos desses produtores já não estão mais morando no campo. As grandes propriedades de soja adquiriram essas terras e as pessoas se mudaram, por isso a previsão é de que a região de Campo Mourão e Engenheiro Beltrão, as quais estamos cobrindo, não terão mais que 5 mil imóveis para serem visitados”, diz Priscila. “Muitos foram ‘engolidos’ pelos grandes produtores de soja.”

Após dois meses e meio de Censo, cerca de 3.300 imóveis foram visitados pelos recenseadores. Priscila explica que as coletas continuam neste fim de ano. “Os recenseadores só param mesmo no Natal e Ano Novo. Nos demais dias todos estarão a campo e a agência do IBGE permanece aberta. Nossa meta é fechar o ‘grosso’ da coleta até o final de janeiro, para que em fevereiro, quando começam as colheitas possamos ficar apenas com algumas pendências, averiguações e correções. Sabemos que quando iniciar a colheita fica mais difícil de fazer a coleta de dados junto aos produtores”, comenta ela.

O horário de verão tem facilitado os trabalhos no campo. Segundo Priscila, alguns recenseadores começam a trabalhar às 8 horas e às 20 horas ainda estão em visitas. “O horário de verão facilita nesse ponto e ajuda a agilizar os trabalhos de coleta”, revela.

A representante do IBGE na região reforça o pedido para que os produtores entrevistadores repassem informações corretas, o mais próximo possível da realidade. “O Censo Agropecuário precisa ser levado muito a sério por todos, por isso pedimos às pessoas que respondam as perguntas com o máximo de esclarecimentos e de verdade nas informações, pois esses dados vão mostrar ao final da coleta a realidade de cada município, em vários aspectos. Os dados vão servir para o planejamento e definição de políticas públicas, beneficiando à sociedade como um todo”, explica.

O último Censo Agropecuário ocorreu há dez anos no país. O IBGE conta com apoio de várias instituições ligadas à agricultura, como secretarias da Agricultura, Emater, Cooperativas, Federação da Agricultura do Paraná, Conab, Embrapa, entre outras instituições. Priscila lembra que todos os estabelecimentos, pequeno, médio ou grande serão visitados pelos recenseadores.

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