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RS: ações tentam evitar desabastecimento de água em Gravataí

Com Rio Gravataí em estado crítico, Corsan apresentou medidas para manter o serviço por até 50 dias


Foto: Pixabay

O diretor de operações da Corsan, Milton Cordeiro, acompanhado por um equipe técnica, esteve na prefeitura de Gravataí no fim da semana passada para apresentar um plano de contingência para o Rio Gravataí, com ações provisórias. A implementação dessas providências, no entanto, ainda dependem de decreto a ser assinado pelo governador Eduardo Leite.

As medidas apresentadas somente serão levadas a efeito quando o nível do Rio Gravataí, junto à bomba de captação, no Passo dos Negros, atingir cinco centímetros. De acordo com o Boletim de Estiagem da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, divulgado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, na sexta-feira (6) a medição apontava 26 centímetros - abaixo de 50 centímetros a situação é considerada crítica.

São duas as propostas da Corsan para manter o rio com volume suficiente para abastecimento de 60% da cidade - a partir da região do Parque dos Anjos e arredores. A primeira delas prevê o desvio de água do Banhado dos Pachecos (Barragem do Incra), em Viamão, por uma extensão de sete quilômetros, com volume estimado de 400 mil litros por segundo - mesma quantidade do ponto de captação no Passo dos Negros. Como parte dessa estratégia, a Corsan também deverá erguer uma contenção de pedras, de forma provisória, no trecho do rio próximo à rua Porto Alegre, no bairro Mato Alto, para assegurar uma boa adução de água.

A Corsan projeta ainda a compra de água de um açude particular, localizada no barro Vermelho, próximo ao Loteamento Condado Del Rey, a partir de uma canalização que ainda deve ser construída, com um volume de 200 mil litros por segundo. Conforme o diretor de operações, esses trabalhos, se necessários, levarão em torno de dois dias. "Importante ressaltar que essa contenção, que fica próxima ao Caça e Pesca, será provisória, somente enquanto houver a necessidade de represamento, para garantir o bombeamento", ressaltou Cordeiro.

Com esse conjunto de intervenções, a Corsan estima que conseguirá manter regular o abastecimento de água em Gravataí por 50 dias. "Embora sejam medidas que atenuem o risco de desabastecimento, a situação segue crítica, e a população precisa entender que não pode haver desperdício nem uso desnecessário de água", reforçou o prefeito Zaffalon.

Na cidade da Região Metropolitana, a Guarda Municipal tem percorrido a cidade, alertando, principalmente, donos de postos de combustível, de revendas e de lavagens de carro. "Até que a Corsan apresente e execute obras definitivas, que resolvam de vez o problema de abastecimento na cidade durante o verão, essa é uma tarefa de todos, tratar a água como o bem mais precioso, com uma atitude cidadã de responsabilidade", reitera o prefeito de Gravataí.

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