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Preço do milho cai 32% no semestre



A redução do consumo dos setores de aves e suínos, a superoferta nacional e a dificuldade de exportação determinaram queda brusca no preço do milho, motivo de desalento para o produtor. De janeiro ao início do mês, o preço do milho no Estado apresentou queda de 32,09%, segundo o assessor técnico da Emater, Gian Franco Bratta. O preço médio da saca caiu de R$ 22,78 para R$ 14,79 no período. Nesta semana, é possível comprar a saca por R$ 13,80.

No começo deste ano, a perspectiva era de falta do grão. Agora, o produtor segura estoques à espera de melhores cotações, mas as cooperativas só estimam melhora no último trimeste, com redução de oferta e possível mudança no câmbio. O atual quadro da comercialização já produziu uma certeza: haverá redução de área na safra de verão que começa a ser plantada em setembro.

A Cooperativa Tritícola Mista Alto Uruguai (Cotrijal), de Não-Me-Toque, calcula recuo entre 20% e 25% sobre os 25 mil hectares semeados na safra 2002/2003. A migração será toda para o soja, que atualmente apresenta cotações mais atraentes. Segundo o gerente da Cotrijal, Irmfried Schmidt, o estoque de milho equivale a 35% da safra, percentual alto se considerada a época do ano. Na região, o preço da saca está em R$ 14,20. 'A safrinha do Paraná ajudou a deprimir os preços, mas a redução do ritmo de compra e a superoferta foram os principais motivos', explicou.

Últimos dados da safrinha no país indicam 11 milhões de toneladas contra as 5,5 milhões em 2002, diz o vice-presidente da Cooperativa Tritícola Erechim (Cotrel), Luiz Paraboni Filho. Nos 32 municípios da Cotrel, a redução de 110 mil hectares da safra 2002/2003 é de 15%. Cerca de 120 mil toneladas de milho, 50% da produção, ainda não foram vendidas. De dezembro para cá, a saca despencou de R$ 24,00 para R$ 13,80 na região.

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