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Meta do Paraná é produzir 30 milhões de toneladas de grãos



O governador em exercício e secretário de Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, anunciou ontem (22-09), durante reunião do secretariado, que a meta do Estado para a safra 2003/2004 será a de produzir 30 milhões de toneladas de grãos. Esse volume corresponde a um adicional de 3 milhões de toneladas à produção da safra passada que rendeu 27 milhões de toneladas de grãos.

Essa meta será celebrada durante a festa de lançamento do plantio da nova safra que vai ocorrer no dia 2 de outubro, no município de Campo Mourão. A secretaria da Agricultura está promovendo uma solenidade em homenagem ao início do plantio no Paraná, em parceria com a Cooperativa Agropecuária de Campo Mourão (Coamo), maior cooperativa agropecuária do país. A festa vai contar com a participação do ministro da Agricultura Roberto Rodrigues.

Para atingir a meta fixada, a Secretaria da Agricultura pretende estimular o aumento da produtividade, através de programas executados em parceria com as empresas vinculadas. De acordo com Pessuti, esse é um grande desafio imposto por este governo já que o Estado continua com a mesma área agricultável, que corresponde a apenas 2% da área do território nacional.

Várias ações estão sendo desencadeadas para o aumento da produtividade. Entre elas, Pessuti destacou a reconversão das áreas degradadas de pastagens da região Noroeste do Paraná (Arenito-Caiuá), em lavouras de milho e soja, o programa Irrigação da Madrugada que está sendo elaborado junto a Copel e um programa de eletrificação rural, cuja meta é levar energia elétrica para 100% dos municípios do Estado.

O governador em exercício observou que na região do Cantuquiriguaçu, entre o Centro e o Sudoeste do Paraná, somente 59% das propriedades rurais são atendidas com eletrificação rural. Segundo Pessuti, a Secretaria da Agricultura também pretende investir em outra frente, que é a melhoria das condições de miséria no campo, principalmente nos municípios de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo e daqueles que integram o mapa da pobreza, traçado pelo Instituto de Pesquisas Agronômicas (Iapar).

Para isso, o governo do Paraná inicia negociações, ainda esta semana, com representantes do Banco Mundial, para instalar um programa de reversão da pobreza no campo, em substituição ao Paraná 12 Meses, que será encerrado no ano que vem. Desestruturação Na reunião de ontem, as apresentações das vinculadas Codapar, Ceasa e Claspar encerraram a participação da exposição da Secretaria da Agricultura.

Em todas elas, ficou claro o grau de desmonte de suas estruturas em decorrência da falta de investimentos nos últimos 8 anos. Segundo Pessuti, a Secretaria do Planejamento está estudando a reestruturação e a forma mais viável de funcionamento de cada uma. O governador em exercício não descartou a possibilidade de transformação dessas empresas, a maioria de economia mista, em autarquias. De acordo com Pessuti, as empresas estão sucateadas, com falta de funcionários, sucateamento de veículos, de máquinas, enfim com a perda de patrimônio público.

O objetivo do governo do Estado é reestruturar a linha de ação de cada uma, mantendo o eixo principal de apoio às iniciativas traçadas pela Secretaria da Agricultura. Segundo Pessuti, o governo não tem a intenção de privatizar essas empresas. Ceasa Uma das preocupações da diretora-presidente da Ceasa do Paraná, Jane Elisabeth Setenareski, durante exposição das realizações da empresa, é a segurança do mercado atacadista de Curitiba.

Segundo ela, por ali circulam cerca de 15 mil pessoas diariamente e os usuários precisam de tranqüilidade para trabalhar, já que por ali transita toda a produção de hortifrutigranjeiros vendida no Paraná e também para outros Estados.

Só no período de janeiro a agosto deste ano, circularam pela unidade da Ceasa em Curitiba, 414,3 mil toneladas de alimentos. Junto com as demais unidades atacadistas de Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu e Cascavel, foram movimentadas na Ceasa do Paraná, 673.149 toneladas de produtos hortifrutigranjeiros. Essa movimentação permitiu um faturamento de R$ 544,2 milhões de reais durante o primeiro semestre.

O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), Ney Caldas, disse na reunião do secretariado de ontem que está em estudos uma proposta para viabilizar os terminais de transbordo de cargas em trânsito ao Porto de Paranaguá. O objetivo é reduzir a fila de caminhões estacionados ao longo da BR-277 no período de escoamento da safra.

A proposta prevê a utilização dos terminais de embarques ferroviários da Ferroeste/Ferropar- Estação Aduaneira de Cascavel e das unidades armazenadoras da Codapar, em Guarapuava, e Conab de Ponta Grossa. Esses terminais de transbordo, a serem integrados ao sistema de carga "on-line" da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, viabilizariam o fluxo do corredor de exportação.

Para isso, disse Caldas, é necessária a disponibilização de recursos para adaptação e modernização das estruturas e o repasse da administração do complexo armazenador da Conab de Ponta Grossa ao governo do Estado. A Estação Aduaneira (Eadi) de Cascavel deverá ser inaugurada já em outubro, anunciou Caldas, e deve ser utilizada principalmente para liberação da exportação e importação de equipamentos eletrônicos e de automóveis.

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