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Brasil cria a IBA: Indústria Brasileira de Árvores


Cons. Científico Agricultura Sustentável
Setor representa 6% do PIB industrial do país com R$ 59 bilhões de receita, mais de 3% das exportações e gera 4,5 milhões de empregos.
Enquanto o tema mobilidade urbana pega nas cidades, saibam também que Agromobilidade começa a pegar com movimento de colheitadeiras, tratores e máquinas agrícolas pelas estradas e cidades do interior.
Quero tratar de um ângulo pouco trabalhado e que cresce e crescerá cada vez mais: a indústria das árvores plantadas. Foi criada no Brasil a IBA: Indústria Brasileira de Árvores (sem nunca esquecer que o único país do mundo com nome de árvore somos nós: Brasil). A IBA representa agora todas as demais associações que eram separadas, como a da celulose e papel, a do piso laminado e alta resistência, a de painéis de madeira, a dos produtores de florestas plantadas.
Esse setor de árvores plantadas representa 6% do PIB industrial do país, com R$ 59 bilhões de receita. Suas exportações somam US$ 8 bilhões, significando mais de 3% das exportações do país. Geram 4,5 milhões de empregos.
No campo temos mais de 7 milhões de hectares de árvores plantadas, e com 50% desse plantio sob certificação, dentro dos padrões de sustentabilidade. Dentro da visão de agrossociedade há fomento para pequenos proprietários, e os mais distantes dos grandes centros, que teriam dificuldades para atividades de produtos de consumo urbano pela distância. Esse fomento também é positivo na geração de renda, contribuindo para a preservação das matas nativas, e na recuperação de solo degradado.
Esse setor investe R$ 150 milhões em programas sociais e afetam mais de 1 milhão de pessoas em cerca de mil municípios do país. Eucalipto, pinus e espécies para fins industriais, incluindo florestas energéticas e biomassa, além do papel, celulose, painéis etc.
Esse setor, plantar árvores, deverá ter um crescimento exponencial no mundo pelos próximos 10 anos, atrelado ao valor de seus derivados, sustentabilidade e viabilização de pequenos e médios produtores na atividade campesina, com acesso a renda e tecnologia.
Por José Luiz Tejon Megido, Diretor Vice Presidente de Comunicação do Conselho Cientifico para a Agricultura Sustentável (CCAS), Dirige o núcleo de agronegócio da ESPM, Comentarista da Rede Estadão-ESPN.

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