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“Aquecendo ou gerando em pequenas plantas hibridas fotovoltaicas mais singaseificadoras de lixos, resíduos, detritos, fezes etc..”


Climaco Cezar de Souza

RESUMO: “Bases técnico-econômicas/ambientais para pequena produção de bons aquecimentos/refrigerações reversas-absorvidas ou gerações elétricas grupais/condominiais/prediais por sistema hibrido no mesmo local ou vizinhos pela captação solar fotovoltaica diurna + singaseificação vespertina mais noturna, ou por 24 horas, de matérias-primas sujas locais”

Obviamente, de forma técnica-econômica e ambiental plenamente possíveis e até recomendáveis, em alguns pequenos ou médios projetos locais com necessárias fontes hibridas, pode-se e até deve-se captar energia fotovoltaica em painéis locais (embora nem tão eficientes, como pelas minhas PTC com pedidos anteriores de patentes ou mesmo por esta minha mini ou pequena “calha-estufa” – com 2,00 m comprimento x 0,40 m largura x 0,25 m altura -, também PTC com reflexões e concentrações apenas internas e próximas em 8 tubos coletores com 5/8 pol. a 1,0 pol. para produção de água quente ou de fluido térmico). Isto pode ou precisa ocorrer em diversas situações, como: a) Locais isolados e distantes; b) Grupos sem ou com poucos recursos financeiros; c) Locais com muitas quedas de energias da rede; d) Plantas fundamentais socioeconômico-ambientalmente, mas cujo espaço oferecido ou disponível não comporte usinas geradoras a partir de turbinas a vapor mais um pequeno singaseificador para fluido térmico; e) Grupos ou locais com baixa produção diária das aqui chamadas de “matérias-primas sujas” (lixos, fezes animais e humanas, detritos, biomassas, sobras alimentos, resíduos processamentos, esgotos etc..). Também, invés de plantas geradoras, pode-se ter plantas residenciais/grupais, industriais aquecedoras e/ou refrigeradoras reversas por absorção, bastando trocar os painéis captadores solares PV por placas captadoras térmicas solares, também alterando o destino do singas dos singaseificadores locais, neste caso, abolindo a necessidade de moto-geradores ao pé, o que barateia muito estes projetos específicos.

Por exemplo, no sistema hibrido e barato de painéis captadores PV mais singaseificador, a seguir pormenorizado, é perfeitamente possível gerar - de forma mínima, real, liquida e hibrida – cerca de 8 KWh (8.000 Watts/hora), suficientes para abastecer até 25 residências vizinhas por 24 horas/dia (todas já ligadas à rede, ou seja, “grid-in” ou “grid-tied”) com cada residência consumindo em média 330 W/hora (no Brasil, o consumo médio varia de 70 W/h a 950 W/hora, conforme a renda familiar e o local). Quando e se houver geração noturna excessiva, em vez de se entregar as cargas em excesso no “grid-in” à empresa fornecedora elétrica local por preços baratos, pode-se adicionar 01 a 03 baterias, também para 150ah cada, ao Sistema, sendo todas para fornecimentos complementares/emergenciais diurnos e próprios, tornando-se quase um sistema “grid-off” (100% isolado, independente, mesmo que longínquo ou fora da rede intencionalmente).

Contudo, é importante que o tal Sistema captador elétrico diurno PV grupal/condominial, mas próximo/vizinho (captando por 8 horas/dia reais) ofereça, realmente, de 4 KWh a 6 KWh líquidos (estes com baixos custos totais e quase sem perdas com transportes elétricos, vez que a captação fotônica real só atinge 15%), por exemplo, e apenas diurnamente e por 8 a 10 horas/dia e sem estocagens em grandes baterias (no caso com apenas 01 pequena bateria suporte). Toda a captação ocorreria em 20 a 30 painéis captadores de 330W cada (R$ 750,00/cada do tipo canadian, totalizando cerca de R$ 15,0 mil conjunto menor com 20 painéis para captar 4 KWh líquidos mais 2 inversores de 5.300W bifásico “on-grid” por R$ 11,0 mil mais bateria suporte e emergencial de 150ah por R$ 1,5 mil mais mão-de-obra), exceto perdas, totalizando cerca R$ 33,0 mil (igual a R$ 8,3 mil/01 KWh liquido) para captura, conversão e usos de 4 KWh líquidos no conjunto/grupo menor.

Tal Sistema elétrico solar PV será somado no mesmo local mais 01 pequeno singaseificador de matérias-primas sujas para gerar, agora de forma vespertina mais noturna (16 horas/dia reais), um mínimo de 10 KWh (custo aproximado de R$ 100,0 mil - igual a R$ 10,0 mil/01 KWh liquido - se importado da China inclusive impostos de 35% mais 2 frete, ou, alternativamente, cerca de R$ 30,0 mil - igual a apenas R$ 3,0 mil/01 KWh liquido -, se do nosso futuro singaseificador rápido de pequeno porte, isto é,  já no Brasil e sem impostos, também com futuras peças de reposição e prestação de AT e consultorias rápidas e regionais -, mas ainda em fase de demorados registros legais. Tal pequeno singaseificador para singas rico em hidrogênio, 34%, e pobre em metano com 8% e muito rápido em 7 a 15 minutos (ante 17 a 41 dias necessário nos ambientalmente perigosos biodigestores para biogás rico em metano, 36%, e pobre em hidrogênio, 7%, – chinês, indiano ou nosso - precisará operar pelo menos por 16 horas/dia (possibilitando 70% do fornecimento hibrido de um total mínimo de 24 horas hibridas/dia) e queimando o singas produzido para geração por moto-geradores estacionários nacionais, provindos de Manaus já para singas, GN ou GLP adaptados/liberados, ou importados (ou à gasolina com o carburador adaptado, desde que conforme a Lei). Os para biogás são caríssimos e perigosos ambientalmente.

Cada singaseificador precisará realmente gerar até 10 KWh líquido (consumo médio de 8 kg/hora a 12 kg/hora de matérias-primas sujas, desde que bem desidratadas previamente e muito bem preparadas, tudo para uma boa carga combustível ou térmica média de 1.400 kcal/kg ou enrique cível com resíduos de borrachas, plásticos, gramados, folhas etc..). Com isto, espera-se a geração média horária de cerca 10 KWh a 12 KWh por, no mínimo, 16 horas/dia, quando e se o moto-gerador comportar (em geral, os importados comportam tais horas).

Assim, de forma ponderada horária e por geração liquida, teríamos 8,0 KWh por 24 horas (= 4 KWh x 8 horas + 10 KWh x 16 horas, totalizando 192 KWh a oferecer em 24 horas).

Por outro lado, obviamente, nosso futuro sistema hibrido de pequeno, médio e grande portes - diferenciado, exclusivo, com certeza bem mais moderno - para aquecer/refrigerar ou gerar por 24 horas dia  - será muito mais eficiente do que nos modelos acima via PV mais singaseificadores menores. Também, pequena ou média parte (agora de 40% até 60% do total) do aquecimento, refrigeração reversa ou da geração real, não capturada PV, ocorrerá pela possível elevadíssima captura térmica solar em bons projetos (temperatura no ponto de captação até 100 vezes mais que na base, chegando a 3.000 o C como comprovado em laboratório) em minhas calhas solares PTC ovais duplas ou triplas em plantas locais/grupais/prediais/municipais (geração desde 2 KWh a 500 KWh agora por até 18 horas/dia, graças aos fluidos térmicos estocados e reaquecidos nelas por entre 4 e 10 horas solares diurnas). Aos aquecimentos ou gerações provindas de tais calhas, serão somadas as produções térmicas (no topo alcança-se facilmente 850º C, havendo casos de 1.300º C) ou gerações rápidas pelos meus singaseificadores de pequeno a médio portes, agora para gerações reais de 10 KWh até 5.000 KWh (esta consumindo 4,0 ton./hora de matérias-primas sujas, mas bem preparadas/enriquecidas), tudo para gerações totais por 24 horas ou apenas vespertinas mais noturnas.

Ao final, tudo se une pela elevada produção e oferta local ou grupal/predial/condominial/municipal/empresarial de muito fluido térmico reaquecido e circulante ente 45º C e 550º C, provindo de 02 sistemas - isolados e até problemáticos antes - e que agora se unem inteligente e hibridamente por horário, local, objetivos e fontes combustíveis mais solares. Todo o aquecimento/refrigeração reversa, ou melhor, geração nos sistemas mais modernos e eficientes que proponho ocorreria via vapor turbinável obtido por fluidos térmicos circulantes ou estocados produzido por tais calhas a 370º C, desde que somados/hibridizados com os mesmos fluidos fornecidos agora a 550º C pelos singaseificadores. Pode até parecer difícil, como é corrente no Brasil pelos caros preços das turbinas a vapor, a maioria somente de médio e grande porte,  mas, desde abril/2017, já identificamos uma empresa indiana – dentre diversas outras baratas da Índia, Rússia, China, Turquia, Croácia e outros - que oferece turbinas baratas para gerações a vapor por mini projetos para 1,0 KWh a 8,0 KWh e com baixo consumo de apenas 15 a 25 kg/vapor por hora, mas a 190º C e em 10 bar. O valor era de apenas entre Us$ 4,0 mil e Us$ 6,0 mil/turbina CIF Brasil (frete marítimo mais possíveis impostos, quando for o caso, até Santos já incluídos).

Finalizando, ainda melhor é que, como descrito, opcionalmente, pode-se trocar as gerações/captações elétricas – isoladas ou já hibridas e em quaisquer locais - por captações de aquecimentos/refrigerações reversas-absorvidas, tudo com as mesmas eficiências,e por baixos custos e com baixas perdas.

Concluindo, acredito eu que milhões de projetos híbridos rurais, urbanos e periurbanos somados, para usos próprios ou para vendas, desta forma, teriam bem melhor efeito ambiental, energético e socioeconômicos para muitos e para o País em qualquer prazo, do que concentrar esforços e elevados recursos em poucas plantas caríssimas (de R$ 6,0 mil a 10,0 mil/01 KWh), também para energias sustentáveis, mas somente captando/gerando via PV sem baterias por 10 horas dia (atuais usinas “vagalume” ou “girassol” e que já vêm sendo abandonadas na China embora ainda muito incentivadas no Brasil) e/ou situadas em locais distantes dos consumidores reais, com altas perdas totais e com altos custos de transportes mais de distribuição final. Na China, as entregas elétricas reais só chegam a 14,7% da oferta no local da planta, isto além das elevadas perdas na captação PV. Textualmente temos: “Então, enquanto as fazendas solares podem ter a capacidade, digamos, de 200 megawatts, menos de um sexto disso realmente é usado” – vide mais em https://www.bbc.com/portuguese/amp/vert-fut-45766319 .

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