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“Abrimos 60 mercados só este ano” diz ministra

Mesmo no cenário da Covid-19, Tereza Cristina, disse que o agro vai bem e cumprindo contratos internacionais


Foto: Marcel Oliveira

Para dar uma visão do setor do agronegócio em momentos de Covid-19 e projetar oportunidades e perspectivas, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou de uma live promovida pelo Instituto de Engenharia, na manhã desta sexta-feira (22).

Desde janeiro o mundo todo já sabia do coronavírus e no Brasil, como chegou em fevereiro, o Mapa se preparou e criou um grupo de acompanhamento para avaliar que problemas poderiam ocorrer imediatamente, setores mais afetados e políticas que poderiam ser antecipadas antes de uma possível crise.

Para a ministra o maior desafio foi o abastecimento. O acompanhamento é diário, não só dos produtos que precisam percorrer a cadeia e chegar ao consumidor mas também os preços. “Na crise econômica, com muitos setores parados, não podemos ter preços que disparem sem motivo e tragam problemas para a cadeia”, destacou.

HF, leite, flores e pesca são os mais afetados

Tereza Cristina começou falando de setores que não vão muito bem e sofreram mais os efeitos da pandemia. O primeiro problema foi em hortifruti. Com o fechamento iniciais de centrais de abastecimento e feiras houve impacto sobre os perecíveis e muitos produtores não conseguiram entregar produto, perdendo tudo na lavoura. O Mapa acaba de criar uma linha de telefone específica para que os produtores liguem e relatem sua situação. “A criatividade das pessoas para superar as dificuldades começa a aparecer quando abrimos o diálogo. Inventamos entregas, drive thru, vendas on-line. Vamos superar”, diz. 

O leite também enfrentou problemas. O setor vive de altos e baixos e tem uma cadeia produtiva enorme, que inclui muitos produtores, inclusive pequenos produtores sem tecnificação. “Hoje o problema é falta de entrega de leite por parte do produtor porque a logística não chega. Em Rondônia, por exemplo, o preço está abaixo e em Minas Gerais acima. É um país diverso”, completa. 

“Já nas flores foi brutal. Tem nos trazido muitas preocupações”, disse a ministra. O setor que é organizado, trabalha bem mercado interno e exportação mas enfrenta problemas de demanda com cancelamento de eventos. 

A pesca também teve problemas. Como os pescadores têm épocas de pescar, nas diferentes espécies, há o que pescar mas não tem pra quem vender.

Apesar disso o agro vai bem, fez questão de destacar a ministra. Com a maior safra de grãos da história, que foi colhida e foi escoada; a safrinha sendo plantada e transcorrendo bem; exportações fluindo e com ganhos US$ 10 bilhões em abril. “Isso é muito bom para o país porque, além de colocar comida na mesa dos brasileiros, estamos cumprindo nossos contratos internacionais e isso traz confiança já que muitos países não estão cumprindo”, enfatiza.

“O agro está pronto”

Tereza Cristina comemorou a abertura do 60º mercados abertos só neste ano. O país vai vender lácteos para Tailândia. Com isso ela destaca que o Mapa trabalha para seguir mantendo mercados tradicionais para os produtos brasileiros mas que também busca diversificar a gama desses produtos para abrir espaço para outros setores. “ Não só soja, milho, proteína animal, café, açúcar. Optamos por abrir mais mercados e também diversificar. Temos castanha de baru para Coréia do Sul, melão para a China, gergelim para Índia, castanha do Pará para Arábia Saudita, mudas de coco para as Guianas, material genético - avícola e bovino”.

A ministra acredita que o agronegócio brasileiro é setor que está mais pronto para contribuir na retomada do Brasil pós-Covid. “Oferecendo segurança alimentar não só para nosso povo mas para grande parte do mundo que é nosso parceiro”, finaliza.  


 

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