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1º trimestre: produção de carne de frango recuou; mas não em relação ao trimestre anterior.

Os números divulgados na terça-feira (14) pelo IBGE mostram que no primeiro trimestre de 2019 foram abatidas em estabelecimentos sob inspeção


Os números divulgados na terça-feira (14) pelo IBGE mostram que no primeiro trimestre de 2019 foram abatidas em estabelecimentos sob inspeção (federal, estadual ou municipal) perto de 1,450 bilhão de cabeças de frango, volume 2% inferior ao registrado no mesmo trimestre de 2018, mas quase 2,3% superior ao do trimestre imediatamente anterior, o quarto de 2018.

Isso, naturalmente, deveria redundar em índices similares na carne produzida, o que efetivamente ocorreu em relação ao primeiro trimestre de 2018. Ou seja: o volume de carne de frango também recuou 2%.

Porém, comportamento similar não é observado em relação ao quarto trimestre de 2018. Pois enquanto o número de cabeças abatidas aumentou perto de 2,3%, o volume de carne delas decorrente apresentou incremento menor, de 1,67%. Por quê?

A resposta parece estar não nos resultados deste ano e, sim, nos do quarto trimestre de 2018. Pois, no período, são produzidos os frangos especiais para o Natal, mais pesados que os convencionais. 

Isso, aliás, é facilmente comprovado contrapondo-se o peso total obtido ao número total de cabeças abatidas: embora por margem muito pequena, o peso médio do último trimestre de 2018 superou o do primeiro trimestre daquele ano que, por sinal, ficou ligeiramente acima do registrado no primeiro trimestre de 2019. Daí, agora, um volume de carne proporcionalmente menor que o número de cabeças abatidas.

Notar, de toda forma, que – contradizendo até o bom senso – o volume de carne dos três primeiros meses deste ano (período, normalmente, de menor consumo) superou o que foi produzido no último trimestre do ano passado (por sua vez, também normalmente, o período de maior consumo do ano).

No entanto, após um início de ano medíocre, o desempenho econômico do frango ao encerrar-se o trimestre inaugural de 2019 foi significativamente melhor que o do mês de Natal. Sem que as exportações tivessem respondido na mesma medida. É uma incógnita pendente de explicação.

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