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12 de Outubro: data para celebrar a importância do Engenheiro Agrônomo

Engenheiro Agrônomo


Dia daquele que planeja e supervisiona a aplicação de princípios e processos da produção agrícola

Ele combina conhecimentos de Biologia, Química e Física, aos estudos específicos sobre o solo, clima, culturas e rebanhos, envolvendo-se num campo bem diversificado de atividades. É um dos mais importantes protagonistas no constante crescimento do Agronegócio na economia brasileira, que, aliás, depende dele para o aumento da produção e das exportações, bem como para a manutenção de um mercado em alta no cenário internacional. 

O Engenheiro Agrônomo, além de formação, conhecimento e prática multidisciplinar, tem disposição para enfrentar o trabalho inclusive no mau tempo e, se atuando em empresas, indústrias, instituições financeiras que tenham negócios ligados à atividade rural, revela-se enquanto um verdadeiro empreendedor nessa área, com iniciativa e articulação.

Fato é que foi no dia 12 de outubro de 1933 foi regulamentado pelo então presidente Getúlio Vargas como data oficial para a profissão de Engenheiro Agrônomo no Brasil. Esta que pode ser considerada uma das mais importantes para o País e para o mundo e representa, entre outros aspectos, a produção, processamento e distribuição de alimentos saudáveis, energia limpa e renovável e fibras, além do cuidado com o meio ambiente, da paisagem e dos recursos naturais, essenciais para a produção agropecuária sustentável. Há 81 anos o dia 12 de outubro é dedicado para o profissional que tem competência para atuar em equipamentos, planejamentos, créditos, produção de animais e vegetais. 

O Portal Agrolink reconhece o valor do ramo da Engenharia que atua na coordenação, fiscalização e execução das diversas atividades que o agronegócio demanda, nas mais diversas atividades, como a de ensino, pesquisa, extensão, produção e fiscalização.  Não poderíamos deixar de registrar não só a passagem da data, mas a importância do profissional.

De acordo com o engenheiro agrônomo do Portal Agrolink, Mestre e Doutor em Fitotecnia, José Luis da Silva Nunes, a engenharia agronômica é um ramo da Engenharia muito específico, que forma o profissional de forma generalista, onde se aprende um pouco de tudo. Ele faz uma ressalva: “o conhecimento mais profundo vem com a prática e a experiência no trabalho”.

Àqueles com quem tivemos a honra de conviver por inúmeras andanças e/ou desenvolvimento de matérias a certeza de que prática e resultado não faltam.  Afinal, “a atividade profissional é imprescindível, tanto na área de assessoria técnica, como na pesquisa e extensão rural”, conforme observa Nunes.

Mais sobre o segmento:

Atualmente existem muitos cursos de formação de profissionais da área, de graduação e pós-graduação (tanto stricto sensu quanto lato sensu), o que otimiza os índices de formação dos profissionais envolvidos na área. 

Com um mercado regado de profissionais com mestrado e doutorado atuando diretamente junto aos produtores, e não somente na pesquisa, a área se torna disputada e atraente.  O engenheiro agrônomo tem que apresentar sólida formação básica e profissional, incluindo aspectos ambientais e sociais. Há necessidade que as Escolas tenham qualidade e formem profissionais competentes, para que, assim, os mesmos possam estar aptos a atender todas as áreas de conhecimentos e conteúdos necessários para a formação apropriada. 

O curso abre uma grande diversidade de escolhas profissionais, dentre elas a de pesquisador, consultor,  produtor rural, etc. Quando se está na faculdade, os acadêmicos são preparados para trabalhar com produção de flores, frutos, grãos,  produção, nutrição e reprodução animal, bem como o uso adequado de máquinas agrícolas. A diversidade de áreas estudadas durante a graduação torna o engenheiro agrônomo um profissional dinâmico, que é o que o mercado de trabalho procura, diante da cada vez mais frequente necessidade de profissionais para o preenchimento de vagas das grandes empresas.

O engenheiro agrônomo tem um leque de oportunidades em que se pode operar, inclusive nas áreas de marketing, inteligência de mercado, trocas, análise de risco, entre outras. Isso demonstra uma mudança importante no papel deste profissional, que deixa de ser prioritariamente técnico e passa a ser também um consultor altamente especializado, independente da área em que trabalhe. 

Segundo o engenheiro agrônomo Dirceu Gassen, diferentemente dos últimos dez anos, o jovem Agrônomo, possui a disposição uma infinidade de informações. “É necessário fazer parte de redes de informação, com a evolução da mídia, temos inúmeros dados disponíveis e atualizados”, segundo este. 

Direto do Campo:

O produtor rural e engenheiro agrônomo, Pedro Zanetti Neto, que reside na cidade de Batatais em São Paulo, atua em uma propriedade rural com as culturas de cana-de-açúcar e pecuária de leite. O Produtor afirma que a diferença nos ramos de atuação do profissional está na experiência que se adquire nos estágios, durante a faculdade. “Para mim a diferença do agrônomo que está no mercado e daquele que está no campo são os objetivos. Aqueles que estão no mercado nos trazem tecnologia, nós que estamos no campo sempre buscamos melhores custos e aumento na produtividade, para seu consequente rendimento”. 

O Agrônomo ainda ressalta o avanço da tecnologia no setor: “sem a tecnologia, seja ela através de híbridos novos, biotecnologia, defensivos, equipamentos e máquinas, não estaríamos no patamar que estamos hoje. Com isso, podemos produzir mais com menores gastos, o que reflete não só em maiores rendimentos, mas também em sustentabilidade”. 

De fato e de direito:

Desde a regulamentação da profissão, no ano de 1933, muitas mudanças ocorreram e, atualmente, o agrônomo precisa ter um perfil muito mais completo. Mais do que conhecer a parte técnica, o novo profissional deve ajudar o cliente a entender melhor diversos aspectos, que vão desde questões diretamente ligadas à plantação, até aspectos mais amplos como tendências de mercado e negócios. 

Conforme o coordenador de Marketing do Produto da AGCO, André Luís Casali, independente da área de atuação, o profissional necessita ser dinâmico, proativo e deve possuir uma capacidade adaptativa muito grande, para saber se moldar às mudanças impostas pelo mercado. O engenheiro Agrônomo e também doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola da UFSM, reside em Campo Grande/Mato Grosso do Sul. Ele revela a responsabilidade de atuar em uma empresa que é multinacional. “As concessionárias com as quais trabalho estão situadas nas regiões Norte e Centro-Oeste do país, mais especificamente nos estados do Pará, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Atuar nestes estados me proporciona entrar em contato com clientes finais que produzem em áreas variando de 300ha a mais de 60mil ha. Apesar do ritmo de viagens ser exaustivo, conhecer mais de perto essas regiões, que hoje são o celeiro da produção de grãos e fibras do pais, é muito gratificante, principalmente quando encontro clientes satisfeitos com os produtos que represento. O que me deixa impressionado e ao mesmo tempo orgulhoso é ver que mesmo em regiões remotas, como o norte do estado do Mato Grosso ou a divisa de Rondônia com a Bolívia, existem produtores desbravadores e ao mesmo tempo inovadores, que utilizam máquinas com elevado nível tecnológico, o que proporciona altos índices produtivos mesmo sob as adversidades de produção dessas regiões. Isso me motiva cada vez mais a buscar alternativas visando melhorar as máquinas que ajudo a comercializar, consequentemente oferecendo soluções para que estes produtores venham a contribuir para o aumento da produção de alimentos”. 

Pra marcar na agenda:

Por essas e outras, o Portal Agrolink parabeniza e ressalta a necessidade do profissional, pois são eles que assumem a responsabilidade técnica de atividades tão relevantes para o Brasil. Que o intuito persista: Produzir cada vez mais, respeitando o homem e o meio ambiente. 

“O Brasil, por ser um país com vocação para produção de alimentos e por estar entre os maiores produtores do planeta, possui uma grande demanda por profissionais ligados ao setor agrícola. O Engenheiro Agrônomo tem papel fundamental no processo produtivo, envolvendo-se na pesquisa por novas cultivares, novas máquinas, novos defensivos e participando de toda a cadeia produtiva. Ser Engenheiro Agrônomo no Brasil além de gratificante é muito desafiador, pois o país é tão diverso quanto às culturas que produz.”
 

André Luis Casali 

 
“Toda a minha formação foi na área de agropecuária, pois sempre tive convicção no que queria. Fiz o curso de Técnico em Agropecuária e depois o curso de Agronomia (Gradução, Mestrado e Doutorado). Nunca cogitei a hipótese de ter outra formação. Minhas raízes sempre foram ligadas a agricultura.”

José Luis da Silva Nunes
 
“A Engenharia Agronômica é uma profissão de um leque imenso, pode-se atuar com mecanização, fitossanidade, fertilidade do solo, irrigação, silvicultura, construções e até zootecnia ou economia rural, entre vários outros. Mas seja qual for a área todas estarão ligadas a um mesmo objetivo e muito importante: a produção agrícola que nos alimenta. Minha família sempre foi produtora e sempre fui interessado no meio rural, gosto do que faço e fico feliz que pude passar este gosto ao meu filho.”
 

Pedro Zanetti Neto 

Para conferir a entrevista na integra com o engenheiro agrônomo, Dirceu Gassen, acesse aqui
 

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