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A textura do solo é fundamental para cultivo da pimenta-do-reino

O cultivo é desenvolvido em várias regiões como forma de aumentar a renda


Foto: Pixabay

O cultivo da pimenteira-do-reino é desenvolvido em várias regiões do Brasil como forma de aumentar a renda, especialmente de pequenos produtores. Por ser uma planta de origem tropical se adaptou bem no Brasil. Hoje os maiores produtores são o Espírito Santo e o Pará. O primeiro tem praticamente o dobro de produção do segundo e a atividade a atividade movimentou em torno de R$ 224 milhões em 2019.

A escolha da área para implantação da lavoura deve ser realizada com base nas características do clima e do solo. Em regiões onde o regime de chuva não é bem distribuído ao longo do ano, o ideal é optar pela utilização de um sistema de irrigação, de preferência localizada.

A especiaria é exigente em nutrientes, então deve ser realizada a correção da acidez e a adubação, quando acusada a necessidade pela análise química do solo. Como se trata de uma planta trepadeira, faz-se necessário o uso de tutores para dar suporte e amparar seu crescimento, que geralmente são estacas de madeira ou pilares de concreto com cerca de 3 a 3,2 metros de altura, enterrados a uma profundidade de 0,5 m.

A pesquisadora Sônia Botelho, da Embrapa Amazônia Oriental, destaca a importância da escolha da área e o preparo do solo para o plantio. A textura do solo é um dos fatores mais importantes na hora de escolher a área para o plantio da pimenteira-do-reino, segundo a especialista. Como essa planta gosta de água, os solos arenosos estão fora da lista de preferências. “Isso porque no solo muito areonoso, a água da chuva ou da irrigação vai drenar rapidamente e ficar em uma profundidade tal que a raiz da planta não vai alcançar”, explica.

Por outro lado, os solos muito argilosos também são prejudiciais ao cultivo da pimenta-do-reino, porque há a retenção de água e formação de poças d’água, levando ao apodrecimento da raiz da planta.

Outra recomendação importante que a pesquisadora faz é realizar a análise prévia do solo antes do plantio. “Com a análise do solo, é possível calcular a quantidade certa do corretivo pra neutralizar a acidez do solo e também a quantidade exata do abudo, evitando assim desperdício”, completa a especialista.
 

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