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Agricultores baianos começaram a colheita da manga

O excesso de chuva no primeiro semestre deve causar queda na produção


Começou a colheita da safra da manga no vale do São Francisco, na Bahia. Este ano, a produção deve ser menor por causa do excesso de chuva no primeiro semestre.

A lavoura de manga ocupa cerca de 300 hectares da fazenda no município de Casa Nova, na área do Vale do São Francisco, no norte da Bahia. O agricultor Dante Galvani aumentou a área plantada em 25% em relação ao ano passado. Ele esperava que a produção fosse de dez mil toneladas da fruta, mas não chegará a este número. O clima frio atrasou a colheita em um mês e provocou o aparecimento de doenças nas lavouras.

“No ano passado, as chuvas foram até março. Este ano, elas se prolongaram até maio, o que causa maior umidade na plantação e aumenta a concentração de fungos”, disse seu Dante.

Por conta do atraso e das perdas com doença a produção de manga no Vale do São Francisco deve ficar em torno de 500 mil toneladas, com uma redução de 30% em relação à safra anterior.

A Bahia é o Estado que mais produz manga no Brasil, com quase 50% da produção nacional. No ano passado, foram exportadas quase 78 mil toneladas da fruta para os Estados Unidos, Canadá e mais 25 países da Europa. Essa quantidade deve ser mantida na safra deste ano. Já o preço da manga deve ficar um dólar a menos do que em 2008.

Mesmo assim, a Associação dos Exportadores do Vale do São Francisco acredita que será uma safra positiva já que no ano passado as vendas estiveram quase paradas por causa da crise. Este ano, ganharão pouco menos pela caixa, mas estão com perspectivas de vender bem.

“O preço vai se situar em torno de seis a sete dólares. Esse preço, de fato, é inferior ao preço de abertura do ano passado. Mesmo abrindo a um preço inferior ao ano passado, poderemos ter um preço médio ao final desta safra muito melhor do que o ano passado. E isso é o que é importante”, avaliou Caio Coelho, representante da associação.

No fim do ano passado, dez mil trabalhadores perderam o emprego no Vale do São Francisco por causa da crise financeira mundial, que afetou as exportações de frutas brasileiras. Com o início da safra de manga, pelo menos a metade desses trabalhadores está sendo recontratada.

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