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Agro inicia greve de 8 dias na Argentina

Descontentamento dos produtores e rejeição ao fechamento das exportações


Foto: Pixabay

O agronegócio argentino começou nesta quinta-feira, 20 de maio, uma paralisação de oito dias em protesto contra o chamado “lockdown da vaca”, a proibição de exportação de carne bovina imposta pelo governo argentino. A decisão foi anunciada pela Mesa de Enlace, a confederação que reúne as principais entidades agropecuárias do país vizinho.

A greve do agro argentino incluirá o não fornecimento de gado aos mercados domésticos de revenda. As entidades organizaram ontem uma coletiva de imprensa virtual mostrando “o descontentamento dos produtores e rejeição a um fechamento das exportações, o que sem dúvida prejudicará toda a Argentina”.

Jorge Chemes, chefe do CRA (Confederações Rurais Argentinas), afirmou que a paralisação “é o início de uma série de medidas” de retaliação contra as arbitrariedades do governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner. De acordo com ele, se a greve não surtir o efeito desejado, novas formas de manifestação poderão ser avaliadas. “O Governo mostrou a todo o momento dificuldades de diálogo”, afirmou. 

Já Daniel Pelegrina, presidente da Sociedade Rural Argentina, justificou afirmando que a Argentina “está muito atrás de todo o mundo”. “Não se pode entender que tropeçamos na mesma pedra. Se o gado vai mal, todos vão mal. Temos recebido muito apoio de toda a cadeia da carne. Este é um governo democrático e temos que olhar esse cenário entendendo uma sociedade que é muito afetada pelo contexto econômico e de saúde, temos que avaliar tudo na hora de tomar decisões. Estamos reivindicando o futuro, que é o que vemos em risco”, concluiu o dirigente.

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