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Agro investe em videomonitoramento para melhor desempenho

Recurso vai desde segurança do trabalho a controle da produção


Foto: Divulgação

Recursos modernos de videomonitoramento, amplamente usados em outros setores, alcançam também o agronegócio. Os sistemas de monitoramento inteligente permitem uma visão do todo em empresas e podem ser usados desde controle para segurança dos trabalhadores nas indústrias até controle da produção e otimização dos recursos nas unidades.

As câmeras “vigiam” todo o funcionamento melhorando os resultados do setor desejado. Um projeto deste tipo foi implantado recentemente na Coamo Cooperativa Agroindustrial em sua unidade de produção de óleo, em Dourados (MS).

Através de 132 câmeras será criada uma base de dados de segurança que contam com Inteligência Artificial e técnicas de Machine Learning para prevenção de riscos de acidentes com colaboradores, invasão de perímetro e gestão visual de processos, com vistas a evitar acidentes. Tudo é controlado de uma sala chamada Circuito Fechado de Televisão (CFTV).

A ferramenta classifica o risco e pede intervenção caso ele esteja iminente. Também pode identificar colaboradores sem capacete ou qualquer outro equipamento de proteção individual, alertando o operador de segurança, via software, que comunica o responsável pelo setor, para que ele tome as devidas providências.

O trabalho foi realizado por uma empresa brasileira do segmento de tecnologia e segurança que faz a integração dos dados de imagem e som, resultando no monitoramento efetivo das atividades. O Portal Agrolin conversou com Douglas Brito, gerente de negócios da pernambucana Avantia. Confira: 

Portal Agrolink: esse projeto da Coamo foi o primeiro no agronegócio ou já tiveram outros no setor?
Douglas Brito:
atuamos há mais de 5 anos neste setor, com grandes clientes produtores de etanol, nutrição animal, bioenergia, papel e celulose, entre outros. É um segmento que investe cada vez mais em tecnologia de qualidade, tanto para questões de segurança em suas grandes áreas, quanto para as questões de ganho de produtividade e de otimização de recursos. Serviços de monitoramento e inteligência artificial são grandes aliadas neste segmento.

Portal Agrolink: quais outros segmentos do agro poderiam ser usados, além de
cooperativas?

Douglas Brito: não apenas do Agro, mas qualquer outro segmento pode se beneficiar do sistema AMS (Avantia Monitoring Services), uma plataforma de videomonitoramento inteligente. Esse sistema robusto é capaz de integrar múltiplas plataformas e se conectar a qualquer legado de equipamentos do cliente, sejam eles sistemas analógicos a soluções digitais. A plataforma inserida no sistema é a AvVA. Essa é uma plataforma sofisticada de análise e geração de alarmes que funciona a partir de câmeras de rede IP e imagens obtidas através de um DVR, de analíticos de vídeo e ainda podendo aproveitar as câmeras existentes. Quando um alerta é gerado as imagens coletadas são analisadas no equipamento (BOX), depois os alertas são tratados no centro de controle e
gravados em um banco de dados. As imagens dos incidentes são retidas nos BOX, para captura pelo usuário, quando desejado. A inovação implantada da Coamo foi pensando justamente no parque instalado e em todas as diversas unidades da cooperativa. Hoje, são mais de 100 unidades onde já existem equipamentos implantados. Com a solução podemos unificar todas as imagens e gerenciar toda a solução a partir dela.

Portal Agrolink: o projeto em questão foi usado para segurança do trabalho. Poderia ser usado para controle de produção, descarga em armazéns ou algo do tipo?
Douglas Brito: no caso da Coamo conta com mais de 100 câmeras que classificam riscos de colaboradores e dá suporte aos associados da cooperativa. A solução foi utilizada para atividades de segurança eletrônica e controle de processos internos da empresa. Além disso, ela pode ser uma ferramenta para integrar outras plataformas da empresa como de automação e gestão de energia, por exemplo. Algumas das principais características da ferramenta é a trazer redução de custos, tornar operações eficientes e garantir a segurança das pessoas e ativos. Alguns exemplos do uso da ferramenta em uma indústria.

Portal Agrolink: qual tipo de estrutura é necessária?
Douglas Brito: esse é um ponto muito importante da plataforma: Não se faz necessário uma estrutura robusta para a utilização da ferramenta! Isso mesmo, a solução precisa de um servidor com recursos básicos para a realização da operação. O ponto importante a citar é que a gravação das imagens geradas pelas câmeras continua sendo feita nos gravadores e servidores locais, onde as câmeras estão implantadas. No servidor da ferramenta são gravados apenas os eventos e imagens que o operador julgar necessário para a conclusão e finalização do relatório de cada chamado. Lembrando que cada evento que é tratado pela ferramenta possui um relatório que é gerado automaticamente e enviado para os e-mails cadastrados na solução. Isso faz com que os gestores tenham imediatamente em mãos a informação sobre o ocorrido.

Portal Agrolink: qual a presença do setor no agro. Pensa em expandir?
Douglas Brito: a presença atual já é algo evidente. Empresas como a própria Coamo, Suzano S.A.e Gerdau fazem parte do setor de Agronegócio que atendemos. Acreditamos no mercado do Agronegócio por ser o mais promissor dentro do cenário brasileiro e,
pensando nisso, criamos ferramentas e soluções inovadoras para esse mercado. A expansão é o nosso foco. 

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