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Alemanha retoma compradores após PSA

O Brasil está no grupo dos países que vai voltar a comprar


Foto: Pixabay

Em setembro de 2020 o primeiro caso de Peste Suína Africana (PSA) era registrado em um javali morto na Alemanha. Desde então vários compradores suspenderam as importações de carne suína do país, inclusive o Brasil.

Agora, seis meses depois, alguns compradores estão retornando. O Vietnã, anteriormente o quinto maior mercado da Alemanha, e Cingapura agora aceitarão exportações de carne suína de áreas do país da Europa Ocidental que não foram afetadas pelo vírus, disse o Ministério da Agricultura em comunicado. A Coreia do Sul também concordou em retomar as importações de alguns produtos, além da África do Sul, Brasil e Argentina. As negociações ainda ocorrem com a China, o maior comprador. 

A doença fez os preços da carne suína despencarem em toda a União Europeia, o maior exportador mundial. Na Alemanha mais de 700 casos já foram detectados em javalis, todos no Leste do país e nenhuma caso em granjas comerciais de suínos domésticos.

Enquanto isso a China anunciou que vai reprimir ainda mais a produção e venda ilegal de vacinas contra a doença, em um sinal da extensão do problema que está prejudicando a maior indústria suína do mundo. O ministério da agricultura local vem alertando contra tal comportamento desde 2019 para "prevenir riscos ocultos causados por vacinas falsas contra a peste suína africana" e para garantir a recuperação da produção de suínos e o desenvolvimento estável da indústria.

Na semana passada o país asiático anunciou a chegada de um surto em suas principais províncias produtoras de suínos, Sichuan e Hubei. Na primeira o surto matou 38 suínos em uma fazenda de 127 suínos. Na segunda a doença foi detectada em um caminhão de leitões transportado ilegalmente de outra província. De 165 leitões, 10 foram infectados e cinco morreram.

A China é o maior produtor e consumidor mundial de carne suína. Um grande surto de Peste Suína Africana matou cerca de metade do rebanho do país em 2019, um ano depois de chegar ao país. Nenhuma vacina contra a doença foi aprovada em qualquer lugar do mundo, mas várias cepas do vírus vivo com genes que parecem proteger contra a doença estão circulando na China.
 

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