Aposta na decopon
A tangerina, que pode passar de um quilo por fruto, é o resultado de cruzamento de várias variedades e não tem semente
Uma tangerina que pode passar de um quilo por fruto é a aposta de produtores de São Paulo. A decopon é resultado de cruzamento de várias variedades e, além de tamanho, tem uma outra característica: não tem semente.
Quem chega à propriedade da família Takafuji, em Ibiúna, fica impressionado com o tamanho das tangerinas que estão sendo colhidas.
A tangerina de padrão comercial pesa cerca de 400 gramas. Mas no pomar tem fruta muito maior. “Já chegamos a colher tangerina de cerca de 1,26 quilo”, disse o agricultor Humberto Takafuji.
A decopon é o resultado de um cruzamento de duas variedades de citrus feito no Japão. Está já é a quarta colheita. Cada hectare chega a produzir 15 toneladas. Para colher frutos tão grandes é preciso cuidados especiais com o pomar, como as escoras de bambu que ajudam a evitar que os galhos se quebrem com o peso das tangerinas.
O tamanho é uma das principais qualidades apontadas do fruto pelo agricultor Luís Takafuji, um ex-produtor de verduras que resolveu apostar na fruticultura. Outra vantagem é que a tangerina não tem sementes. “É um motivo para a gente divulgar”, disse.
No barracão da propriedade da família Takafuji, só recebe o selo de qualidade da Associação Paulista dos Produtores, entidade que reúne 25 associados, tangerina que tem padrão para exportar.
Depois da colheita, as tangerinas não são imediatamente. Ficam descansando nas caixas nos barracões por um período que varia de uma semana a dez dias. É um período de maturação. Dessa forma, a tangerina vai perder uma parte da acides e o consumidor terá um fruto mais doce. Com o sistema, o fruto também fica macio. Isso ajuda a melhorar a aceitação no mercado e valoriza o produto.
