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Área de pecuária prevalece em Rondonópolis (MT)

Pelo menos 60% da produção agropecuária de Rondonópolis é de gado leiteiro e de corte


Apesar de Rondonópolis se apresentar como pólo do agronegócio no Mato Grosso, o município ainda tem maior representatividade na pecuária. Cerca de 60% dos terrenos no Município trabalham com a pecuária extensiva e leiteira.

O secretário Municipal de Agricultura e Pecuária, Adão Hipólito Garay da Silva, explica que o fato da pecuária não ter tanto destaque nas rodas acontece em função do pouco dinamismo que ela provoca na economia. Esse tipo de cultura emprega menos que a agricultura, além dos efeitos de investimento surtirem mais lentamente. Enquanto o abate de um bovino acontece em, no mínimo, três anos, a safra de soja, por exemplo, é colhida em seis meses. “Precisamos ter essa clareza”, disse.

Rondonópolis é cidade-pólo de uma grande região abastecida pela agricultura. “A cidade mesmo não planta muito. Temos somente 75 mil hectares de lavoura”, disse. A agricultura pós-emancipação era praticada para subsistência e tinha a incumbência, além da alimentação da família, para abertura de área. Em 1970, o secretário explica que a prática do algodão deu seus primeiros passos. Inclusive, os municípios de Pedra Preta e São Jose do Povo eram distritos de Rondonópolis, na época, e respondiam mais significativamente pela produção de algodão da região. Mesmo assim, ele explicou que nas primeiras décadas, depois da emancipação, a agricultura familiar era feita em pequenos e médios terrenos.

Como as terras, cuja fertilidade era o ponto forte, consistiam em áreas florestais, os pequenos produtores investiram no mercado algodoeiro. Com o “cansar” da terra, a transformação dela em pasto foi conseqüência. Depois desse ciclo, ainda na década de 70, os pequenos produtores apostaram na plantação do arroz. No entanto, como o cultivo provocava o esgotamento do solo rapidamente, esses terrenos também foram transformados em pastagens.

Em 1970, a cidade se destacou na expansão capitalista do Estado, trazendo um grande número de migrantes de todos os Estados do país. Incentivados pelas promessas do desenvolvimento acelerado da região, a população praticamente triplicou em 10 anos. O salto foi de 22.302 habitantes em 1960 para 63.128 em 1970.

A soja é cultivo dos anos 80, na busca de produção com menos degradação do solo. Mesmo assim, os municípios da redondeza que se destacaram na produção. Nos anos 90, apareceram as primeiras lavouras de algodão mecanizados.

Silva explica que as grandes algodoeiras estão na região, o que não significa que a cidade responde pela produção majoritária. No entanto, por oferecer maiores condições de infra-estrutura e logística, é em Rondonópolis onde se instalaram as grandes empresas do rol da agricultura. No caso do algodão, a instalação da Santana Têxtil para produção de fios e venda de tecido denin (jeans).

Mesmo assim, o secretário acredita que as alternativas de produção estão no cultivo da cana-de-açúcar e oleagenosas em geral, em função da agricultura estar caminhando como fonte de energia nos próximos anos, a chamada agroenergia. “O mundo moderno precisa de energia”, disse.

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