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Aviação agrícola ajuda no combate a incêndio

O caso aconteceu em 600 hectares de campo nativo no interior do município gaúcho de Alegrete


Foto: Marcos Camargo/Itagro

Na última segunda-feira (20) noticiamos que Incêndio gigantesco atinge três propriedades rurais. O caso aconteceu em 600 hectares de campo nativo na região de Guaçu-boi, a cerca de 50 quilômetros no interior do município gaúcho de Alegrete. A estiagem e o vento dificultaram o combate às chamas e funcionários das fazendas tiveram dificuldades. Associado a isso os bombeiros do município não conseguiram se deslocar.

Como forma de apoio foi solicitada ajudada aviação agrícola.  A Itagro Aviação Agrícola atuou como a principal força. Foram onze horas de voo entre dois aviões agrícola, mais de 81 mil litros de água despejados em 62 lançamentos sobre as chamas. “As chamas começaram no domingo, mas fomos acionados já no final do dia. Por isso, tivemos que esperar para decolar na segunda”, conta o empresário da Itagro e diretor o Sindag Marcos Antônio Camargo.

Quando a primeira aeronave decolou, ao raiar do dia, a equipe de apoio já havia chegado de madrugada em uma pista no interior, a mais próxima do incêndio com disponibilidade de água – a 14 quilômetro das chamas. “O avião (um turboélice Air Tractor 402B, com capacidade para 1,5 mil litros de água) já decolou cheio da base da Itagro e foi direto para o fogo”, conta Camargo. A tarde um segundo avião foi deslocado para um ponto onde o fogo estava chegando perigosamente perto de residências em uma das fazendas atingidas. Nesse caso, um Embraer Ipanema, com capacidade para 800 litros de água, que tez 17 lançamentos contra chamas.
 
O Brasil tem a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, com cerca de 2,3 mil aeronaves. E o Rio Grande do Sul está em segundo no ranking dos Estados, com 426 aviões atuando em lavouras. Desde 1969 o combate a incêndios florestais ou em vegetação é legalmente uma das prerrogativas da aviação agrícola no Brasil.

Desde os anos 1990 empresas aeroagrícolas trabalham em parceria com órgãos como o Ibama e secretarias estaduais de meio ambiente para proteção de reservas ambientais (caso, aqui no Estado, da Estação Ecológica do Taim). Em São Paulo, por exemplo, a própria Secretaria de Segurança Pública contrata empresas de avião agrícola para treinarem com os bombeiros e ficarem de sobreaviso para incêndios em reservas ambientais ou plantações.

Em 2019, empresas aeroagrícolas voaram pelo menos 350 horas contra incêndios em todo o Brasil – na Amazônia Legal e em reservas e lavouras do centro-Oeste e Sudeste. Foram mais de 1,8 mil lançamentos de água contra as chamas. O ano passado teve empresa aeroagrícola brasileira atuando até em apoio ao governo do Paraguai, combatendo incêndio na região do Chaco. 
 

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