BASF defende Dicamba: “Seguro quando usado corretamente”
A Bayer já havia se posicionado argumentando que o Dicamba não é o problema
A multinacional BASF saiu em defesa do herbicida Dicamba nesta segunda-feira (17/02), após ter sido condenada, juntamente com a Bayer, por júri do Tribunal de Cape Girardeau a indenizar um agricultor do estado norte-americano do Missouri em US$ 265 milhões. O produtor alegou prejuízos em uma lavoura de pêssego em função de “deriva” da aplicação do Dicamba em campos vizinhos.
Em comunicado oficial, a BASF afirma ter ficado “surpresa com a decisão do júri no caso Bader e discorda do veredicto”. A empresa adianta que usará “todos os recursos legais disponíveis e apelará da decisão”.
“O Dicamba é um herbicida de amplo espectro de ingredientes ativos, comercializado há 50 anos e registrado para uso em mais de 70 países. Dicamba é uma ferramenta importante para os agricultores que estão cada vez mais lutando contra ervas daninhas resistentes”, sustenta a gigante do setor de agroquímicos.
“A BASF segue rigorosamente os regulamentos globais, regionais e locais. A empresa está firmemente comprometida com a administração e a sustentabilidade. A BASF está convencida da segurança de seus produtos quando usados corretamente, seguindo as instruções do rótulo e as diretrizes de administração. Em 2019, por exemplo, mais de 75.000 aplicadores fizeram o treinamento de aplicação de spray de herbicida Dicamba, dos quais a BASF treinou aproximadamente 26.000”, afirma em seu comunicado.
A Bayer já havia se posicionado argumentando que o Dicamba é seguro para as culturas desde que os utilizadores sigam as instruções. Alegou também em comunicado que pretendia recorrer da decisão “o mais rápido possível”.