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Brasil busca conversar em disputa sobre algodão com EUA

"Se a norma for cumprida, não há nenhuma razão para você retaliar", disse Amorim em entrevista à imprensa em Brasília


Reuters - O Brasil não tem planos imediatos de retaliar os Estados Unidos na disputa sobre subsídios ao algodão e pretende buscar primeiramente uma solução negociada para o impasse, disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, nesta terça-feira.

Amorim fez os comentários um dia depois de a Organização Mundial do Comércio (OMC) determinar condições de como o governo brasileiro pode retaliar os Estados Unidos por conta de subsídios norte-americanos ao algodão. Logo em seguida, os dois lados iniciaram uma nova disputa sobre o valor das sanções.

"Se a norma for cumprida, não há nenhuma razão para você retaliar", disse Amorim em entrevista à imprensa em Brasília.

"Em breve nós teremos uma listinha de pontos de retaliação. A presença dessa listinha vai ser muito estimulante nas negociações", completou ele, explicando que o Brasil vai buscar conversar antes de adotar retaliação.

O Brasil afirmou que a determinação garante ao país 800 milhões de dólares em retaliações contra os Estados Unidos neste ano, incluindo 340 milhões de dólares em retaliação contra propriedade intelectual ou serviços.

Os EUA disseram que as sanções equivaleriam a 300 milhões de dólares, e que é improvável que o Brasil possa no futuro próximo retaliar propriedade intelectual --por exemplo, levantando a proteção à patente sobre produtos farmacêuticos, em vez de simplesmente elevar tarifas sobre os bens norte-americanos.

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