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Brasil espera boa safra de noz-pecã

Número deve variar entre 3,5 até 5 mil toneladas


Foto: Eliza Maliszewski

O Brasil tem cerca de 12 mil hectares plantados com nogueira-pecã. Diferente da safra o clima colaborou e a produção deve fechar entre 3,5 e 5 mil toneladas. Mais da metade da área fica no Rio Grande do Sul, com 6.5 mil hectares e o Estado responde por cerca de 80% da produção. Atualmente, a cultura é desenvolvida em cerca de 200 municípios de diferentes regiões gaúchas, por 1400 produtores. 

A origem da planta é norte-americana mas no Sul do Brasil encontrou condições ideais de solo e clima para se desenvolver. O momento é de finalização da colheita nos pomares. Segundo Edson Ortiz, viveirista, produtor e beneficiador em Cachoeira do Sul (RS), o Brasil deve reassumir a quarta posição como produtor mundial. "Temos muitos pomares jovens, podendo chegar a 20 mil hectares, e temos potencial de aumentar muito a produção nos próximos anos", destaca.

No país a principal variedade plantada é a Barton. Desenvolvida com melhoramento genético ela apresenta resistência à principal doença da cultura, a sarna. Causada por um fungo ela inviabiliza a produção. Ortiz também destaca que a cultura colabora com o meio ambiente por exigir baixo uso de agroquímicos e ainda permite a Integração Lavoura Pecuária, com criação de gado ou ovelha na entressafra, aproveitando a pastagem e sombra das árvores.

"Tem também um aspecto social muito importante porque gera renda para os pequenas propriedades e tem aspecto ambiental forte por ser árvore perene, que fixa carbono e que, além de tudo, gera saúde ao consumidor. As nozes tem alto conteúdo de antioxidantes e gorduras saudáveis. Isso motivou a cadeia a superar as dificuldades", comenta o empresário.

Para celebrar a cultura, nesta quinta-feira (29), ocorre a 3ª Abertura oficial da Colheita da Noz-Pecã no Rio Grande do Sul. Em função da pandemia o evento será virtual. "Não poderíamos deixar de registrar e homenagear os produtores em um ano de safra recorde”, diz a secretária da Agricultura, Silvana Covatti.

Na oportunidade também será lançado o Zoneamento Edafoclimático da Nogueira-pecã para a Região Sul do Brasil, pela Embrapa Clima Temperado. O documento promove o ordenamento territorial e indica as melhores regiões para produção sob a perspectiva da sustentabilidade.

VEJA: Nogueira-pecã terá zoneamento no Sul

O evento é promovido também pelas seguintes instituições: Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Emater/RS-Ascar, Embrapa, prefeituras de Anta Gorda e Cachoeira do Sul. E pelas empresas do setor participantes do Comitê Gestor do Programa Pró-Pecã: Pecanobre, Divinut, Pecanita, Paralelo 30 e Pitol.

 

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