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Brasil tem primeira compost barn para pesquisa

Estábulo com a tecnologia está na Embrapa Gado de Leite, na cidade de Coronel Pacheco (MG)


Foto: Embrapa

A compost barn já é adotada há algum tempo em países do Hemisfério Norte, de clima temperado e no Brasil já é usada há uma década em cerca de dois mil galpões de produção de leite, com função principal de oferecer conforto aos animais e com potencial de propiciar aumento de 25% na produção em até quatro anos.

A tecnologia substitui os sistemas free stall e tie stall. Pelo modelo as vacas seguem confinadas mas podem circular pelo galpão. O maior conforto e socialização entre os animais impacta nos índices reprodutivos e produtividade de leite. 

A cama orgânica, que cobre o piso do estábulo em contato direto com o solo,  traz mais conforto, abolindo as baias com camas de areia ou borracha e reduz doenças nos cascos. As vacas passam boa parte do dia no galpão (só saem para serem ordenhadas) e defecam e urinam nessa cama. O material original da cama, rico em carbono e pobre em nitrogênio e nutrientes, ao qual são incorporados os dejetos dos animais, passa pelo processo biológico chamado de compostagem e ainda cria situações desfavoráveis para a mastite. O material retirado do estábulo é um rico adubo orgânico e pode ser vendido ou utilizado na própria fazenda.

Desenvolvimento da pesquisa

Mesmo com muitos adeptos muitas dúvidas ainda precisam ser respondidas para maior eficiência do sistema, manejo e adaptação ao clima tropical. Quem vai buscar dar este suporte é a Embrapa. A empresa passa ser a primeira instituição de pesquisa no Brasil a ter um estábulo com a tecnologia instalado na Embrapa Gado de Leite, na cidade de Coronel Pacheco (MG). 

“O compost barn ainda é utilizado no Brasil na base da tentativa e erro, sem um respaldo efetivo da pesquisa agropecuária. Com o sistema adotado na Embrapa, iniciaremos trabalhos para responder questões ligadas ao seu manejo, como qualidade do leite, ambiência e saúde animal”, diz o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins.

O projeto foi batizado de “Vacas e pessoas felizes”. “As vacas estão felizes porque estão em um ambiente confortável, limpo e seco, a uma temperatura adequada para o seu nível de produção; já as pessoas também ficam felizes, pois as condições de trabalho são melhores e o manejo do rebanho é menos árduo. Além disso, com o ambiente monitorado pelas tecnologias digitais, tem-se maior confiabilidade na tomada de decisões”, explica Martins.

* com informações da Embrapa
 
 

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