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Canavieiros da PB terão novo piso salarial de R$ 482

Com o novo dissídio, o salário nominal dos trabalhadores canavieiros passará de R$ 432,00, adotado em 1º de setembro de 2008, para R$ 482,00


Logo na primeira rodada de negociação, os representantes dos segmentos patronal e obreiro do setor sucroalcooleiro da Paraíba fecharam, no início da tarde de terça-feira (18), o acordo relativo à convenção coletiva 2009/2010 dos trabalhadores canavieiros do Estado.

A negociação foi realizada no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), em Jaguaribe, sob a mediação do auditor da DRT-PB, Jorge Pereira, e garantiu um reajuste de 11,57% nos salários base da categoria e um ganho de 16 minutos por dia, nas horas intíneas dos trabalhadores. O aumento salarial passará a vigorar a partir de 1º de setembro, data base da categoria.

Com o novo dissídio, o salário nominal dos trabalhadores canavieiros passará de R$ 432,00, adotado em 1º de setembro de 2008, para R$ 482,00.

O acordo também incluiu a renovação das outras 65 cláusulas sociais da pauta de negociação e ainda trouxe outro ganho para categoria obreira, que foi um bônus de 16 minutos ao dia, correspondente às horas intíneas, ou seja, esses minutos compensarão o que era excedido na jornada de trabalho durante o transporte diário dos trabalhadores, que está a cargo do empregador.

De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino Ferreira, o percentual de reajuste satisfez a categoria que não só ganhou no salário nominal, mas avançou com outras conquistas.

“Por mais um ano tivemos um reajuste satisfatório, uma vez que repõe a inflação, além de avançarmos em outras cláusulas consideradas importantes para a categoria como foi a conquista das horas intíneas. E tudo isso, dentro de um clima amigável”, afirmou Liberalino.

“O resultado do dissídio de hoje, foi o reflexo de um trabalho ajustado e aprimorado ao longo dos anos entre a categoria empregadora e a obreira, que inclusive teve um reajuste além da inflação, que traduzem ganhos para os trabalhadores, o que é justo”, disse o diretor da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Oscar Gouveia, reforçando o compromisso do segmento patronal canavieiro com o reconhecimento do trabalho dos seus colaboradores e do esforço que a categoria tem feito nos últimos anos para honrar esse compromisso.

“Também é válido lembrar do esforço da categoria patronal em honrar esse compromisso com seus colaboradores, por conta do preço da matéria-prima produzida, a cana-de-açúcar, que nos últimos anos vem sendo deprimido”, disse ele.

O auditor da DRT-PB, Jorge Pereira, que esteve mediando os trabalhos, elogiou a postura dos dois segmentos obreiro e patronal durante mais uma rodada de dissídio coletivo.

“Tenho que reconhecer a tranquilidade em que tenho mediado o dissídio coletivo dessa categoria, que é sempre conduzido num clima tão amigável e dentro da realidade econômica em que vivemos, o que demonstra amadurecimento de ambos os lados”, constatou o mediador.

Ainda se fizeram presentes no encontro, o empresário Luismar Melo, dirigente da Japungu, que esteve representando a categoria patronal, o dirigente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado (Sindalcool), Edmundo Barbosa, o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa-PB), Vanildo Pereira, o presidente da OAB-PB, José Mário Porto, o auditor da DRT-PB, Cursino Raposo, além de vários trabalhadores rurais que atuam na lavoura canavieira paraibana.

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