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Caramuru investe R$ 104,7 milhões

Unidades industriais nos municípios de Ipameri, São Simão e Itumbiara devem criar 1.487 postos de trabalho


Para atender a expectativa de crescimento das demandas interna e externa por alimentos e combustíveis limpos, a partir da redução dos reflexos da crise financeira, a Caramuru Alimentos vai investir R$ 104,7 milhões em seis projetos para instalação ou ampliação de unidades industriais nos municípios de Ipameri, São Simão e Itumbiara. Ao todo, devem ser criados 1.487 postos de trabalho.

As indústrias são voltadas para produção de biodiesel, embalagens e derivados de soja e milho. Para ajudar a viabilizar e elevar a competitividade dos projetos, a empresa contará com cerca de R$ 191 milhões em incentivos fiscais do Estado.

Somente na instalação de uma unidade de produção de biodiesel em Ipameri a Caramuru investirá R$ 54 milhões. O projeto vai envolver cerca de 10 mil famílias da agricultura familiar que produzirão matérias-primas na região e a produção começa em até 12 meses. “O biodiesel tem sido um importante instrumento de agregação de valor à soja e uma alternativa de renda”, destacou o presidente da Caramuru, Alberto Borges. Os demais projetos começam a operar em 24 meses.

Ele lembrou que com a recente ampliação da produção de biodiesel, que já foi concluída em São Simão, a empresa fechou contratos de venda com empresas como a Petrobras. Entre os seis projetos, também está a ampliação em 30% da capacidade de produção da indústria de milho de Itumbiara, o primeiro investimento da empresa no Estado, por conta do mercado mais favorável e a boa expectativa para o segundo semestre.

Para Alberto, os investimentos anunciados demonstram que a crise financeira está ficando para trás e que Goiás a supera de maneira mais rápida que o restante do País. Até julho, a empresa já havia contabilizado uma queda de 3% nas exportações de soja sobre o mesmo período de 2008. O vice-presidente do Conselho de Administração da Caramuru, César Borges, lembra que setores como a avicultura e pecuária também sentiram os efeitos da crise. Com a retomada do crescimento econômico e a reação de mercados como o europeu, a capacidade instalada para processamento de soja começa a ficar pequena.

Agora, há um aumento do consumo de farelo para uso agropecuário. Outro fator de estímulo aos projetos é a confiança no mercado do biodiesel, cuja adição ao diesel subirá de 4% para 5% no próximo ano. “Num futuro próximo, devemos chegar ao mercado externo, o que exigirá apenas alguns ajustes.”

Segundo César Borges, o mercado também é muito promissor para as bebidas à base de soja, que tiveram um crescimento anual de15% nos últimos sete anos. Ele ressalta que esses investimentos, somados com a produção de embalagens, são mais um passo na verticalização da produção de soja no Estado.

O governador Alcides Rodrigues disse que a competência de empresas como a Caramuru faz com que os incentivos oferecidos sejam bem aproveitados, ampliando a competitividade do grupo. Ele elogiou os projetos da empresa para ampliar sua participação no mercado de biodiesel. Para Alcides, com empresas como a Caramuru, Goiás passa de exportador de matérias-primas para a agroindustrialização. “Por mais que o mundo esteja em crise, sempre precisará de alimentos e energia, que são a vocação produtiva de Goiás.”

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