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Carne: Blairo Maggi vai aos EUA reverter embargo

Abcessos seriam reações à vacinação contra febre aftosa


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, fez um esclarecimento nesta sexta-feira (23.06) com respeito ao embargo à carne brasileira (in natura) imposto pelo governo norte-americano. De acordo com ele, trata-se de um problema conhecido, que já estava sendo resolvido, e que na semana que vem será negociado por ele diretamente nos Estados Unidos.

“Fomos informados há alguns dias da ‘não conformidade’ que está aparecendo na carne brasileira, no que diz respeito a abcessos na carne que está indo. Esses abcessos são reações à vacinação contra febre aftosa. O Brasil é o único país que exporta para os EUA [com status] livre de aftosa com vacinação”, explicou.

O ministro lembra que, tão pronto recebeu essas informações procedeu a cancelar cinco plantas que estavam habilitadas para exportação: “Já tínhamos tomado essa providência, e estamos finalizando uma nova forma, nova metodologia de inspeção dessas carnes nos frigoríficos, uma nova IN (Instrução Normativa) para sermos mais rigorosos”.

Segundo ele, como se trata de uma suspensão temporária, na semana que vem ele espera finalizar os planos já feitos no Mapa. “Assim que os norte-americanos receberem as informações do Brasil, pretendo me deslocar até os EUA com uma equipe para fazer as discussões necessárias e reestabelecer esse mercado tão importante que o Brasil conquistou nos últimos anos”, adianta.

Maggi lembra que podem existir mais interesses envolvidos do que apenas a sanidade animal: “Temos que entender que estamos exportando carne para o nosso maior concorrente, e há uma pressão muito grande dos produtores norte-americanos desde a época da liberação para que haja um embargo e não se permita a chegada de carne brasileira lá. Concordamos com a decisão, mas temos que lutar porque é um mercado muito importante”.

Sobre as vacinas, o ministro garante que vai abrir “imediatamente uma sindicância, uma investigação para ver que tipo de reagente está sendo utilizado e se, de fato, está deixando esse resíduo nas carnes enviadas. É um mercado novo, que tem comprado parte dianteira dos bovinos, que é onde foi feita a vacinação”. 

“Estamos bastante atentos ao assunto, que não surgiu hoje. Já havíamos feito a suspensão de cinco plantas para evitar a suspensão, mas não foi possível. Vamos correr atrás e resolver esse assunto o mais breve possível, já que a pecuária brasileira passa um momento de grande dificuldade, com preços baixos para os produtores, e esse era um canal muito importante para a manutenção dos preços aqui no Brasil”, conclui. 

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