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CNA debate controle do mormo

CNA discutiu, na quinta (26), o controle do mormo (Burkholderia mallei) em equídeos


Foto: Pixabay

O Grupo de Trabalho de Sanidade Animal da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu, na quinta (26), o controle do mormo (Burkholderia mallei) em equídeos, a vacinação contra a rinotraqueíte em aves de postura e o Plano de ação 2021-2025 do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA).

O mormo é uma infecção que atinge os equídeos. É transmitida por secreções nasais, orais, oculares, fezes e urina de animais infectados e pode ser transmitida ao homem e a outros animais.

“Para o setor produtivo, o método de diagnóstico da doença adotado hoje não dá confiança de que o animal realmente é positivo para a enfermidade e deve ser sacrificado. Por isso, é necessária uma revisão do programa e novos estudos sobre o tema”, afirmou a coordenadora de Produção Animal da entidade, Lilian Figueiredo.

O Ministério da Agricultura desenvolve o Programa Nacional de Sanidade de Equídeos (PNSE) que prevê ações de prevenção, controle e erradicação desse tipo de doença. O PNSE prevê ações de prevenção, controle e erradicação desse tipo de doença.

“A política pública do Mapa segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e o diagnóstico é feito por meio de dois tipos de exames sorológicos, em que o material passa por um teste de triagem para saber se o animal é soro reagente”, afirmou a médica veterinária e responsável pelo PNSE, Eliana Lara.

A Embrapa Gado de Corte também tem feito trabalhos relacionados ao mormo, para fortalecer o protocolo de diagnóstico da doença no Brasil. Segundo o pesquisador Flabio Araújo, os estudos envolvem a infecção experimental de equinos com a Burkholderia mallei para montar um banco de soros dos animais infectados desde o dia zero da infecção.

“Também estamos com planos de trabalho para caracterizar os genomas e proteomas de cepas autóctones de B. mallei isoladas no Brasil. Com esses estudos será possível verificar a transmissão entre propriedades”, disse. Ele argumentou ainda que a Embrapa também está trabalhando com um teste sorológico rápido para a doença.

Na avaliação do presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, os criadores precisam de uma forma segura de diagnosticar se o animal está infectado ou não.

“Precisamos de um protocolo seguro para ser seguido pelos criadores que evite o sacrifício de animais e não traga prejuízos genéticos e econômicos. É um assunto sério e importante para a economia rural brasileira. Por isso, coloco-me à disposição para colaborar no que for preciso e ajudar o poder público a encontrar uma resposta funcional para o tema.”

A CNA é uma das entidades que participam da rede de Colaboração do PNSE e enviará ao Mapa sugestões de melhorias para o Programa, explicou Lilian Figueiredo.

Outro item da pauta foi a vacinação contra a larinotraqueíte infecciosa das aves (LTI) para avicultura de postura. O Ministério da Agricultura consultou a confederação para saber a situação de focos da doença nos estados com o intuito de analisar as regras para vacinação, previstas no Memorando-Circular nº 72/2018/DSA/SDA/MAPA.

“Vamos solicitar ao Mapa, melhorias nas exigências para a liberação da vacina viva de cultivo celular, para que o setor produtivo tenha uma resposta mais rápida aos surtos da doença.” O setor solicitará também maior agilidade no credenciamento de laboratórios estaduais em casos de surtos para facilitar o diagnóstico.

O grupo de trabalho também discutiu o novo plano de ação 2021-2025 do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA). O coordenador do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), Alejandro Rivera, fez uma apresentação sobre o plano visando completar a erradicação na América do Sul.

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