Cobertura mista pode otimizar produção orgânica

Os agricultores podem ajustar o uso de plantas de cobertura para ajudar a administrar os custos e maximizar os benefícios nos sistemas de produção orgânica comercial, de acordo com cientistas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). As despesas de produção para culturas orgânicas de alto valor, como alface e brócolis, podem ultrapassar US$ 7.000 por acre, então os produtores frequentemente tentam racionalizar os custos com uma rotação anual de duas ou três safras. 

O horticultor Eric Brennan do Agricultural Research Service (ARS) elaborou uma investigação de longo prazo que examinou várias estratégias de cultivo de cobertura para um sistema de produção anual de alface e brócolis orgânico. ARS é a principal agência de pesquisa científica interna do USDA, e este trabalho apoia a prioridade do USDA de promover a segurança alimentar internacional. 

O pesquisador selecionou três plantas de cobertura de inverno que costumam ser cultivadas na área de Salinas, Califórnia (centeio, mostarda e uma mistura de leguminosas e centeio) e plantou cada planta de cobertura usando uma taxa de semeadura típica ou uma taxa de semeadura três vezes maior. As taxas de semeadura podem influenciar a capacidade de uma cultura de cobertura de sufocar as ervas daninhas. 

Os resultados de Brennan indicaram que todas as três culturas de cobertura produziram mais matéria seca do que as duas toneladas de resíduos da colheita por acre que costumam ser recomendadas para manter a matéria orgânica do solo. As safras de leguminosas e de centeio produziram aproximadamente 25% mais biomassa de matéria seca do que as safras de mostarda. Mas a supressão eficaz de ervas daninhas com safras de leguminosas e centeio exigiu uma semeadura três vezes a taxa normal, enquanto as safras de centeio e mostarda pareciam suprimir as ervas daninhas de forma adequada em taxas de semeadura típicas.