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Como adequar nosso agro às exigências europeias?

Uma pesquisa revelou que 87% dos consumidores preferem comprar de empresas que adotam práticas de ESG


Foto: Divulgação

A União Europeia está prestes a aprovar uma nova lei que proibirá a importação de produtos cultivados em áreas desmatadas após dezembro de 2020. A legislação abrange commodities como cacau, café, soja, óleo de palma, madeira, carne bovina, borracha e seus derivados. As empresas exportadoras terão que comprovar que sua cadeia de suprimentos não contribui para a destruição de florestas e respeita os direitos das comunidades locais. A nova lei está alinhada com as diretrizes do Forest Stewardship Council (FSC®?), uma organização sem fins lucrativos especializada em certificação florestal.

A certificação FSC®? garante que um produto provém de florestas sustentáveis, sem desmatamento ilegal e com respeito aos povos indígenas. O FSC®? atualizou seus Princípios e Critérios, incluindo o direito ao Consentimento Livre, Prévio e Informado (CLPI), permitindo que as comunidades locais participem das decisões e possam revogar a concessão de manejo em seus territórios.

Uma pesquisa revelou que 87% dos consumidores preferem comprar de empresas que adotam práticas de ESG (ambiental, social e governança), e 70% não se importam em pagar um pouco mais por isso. A certificação FSC®? deixou de ser apenas um diferencial de mercado e tornou-se uma ferramenta essencial para a continuidade dos negócios. Com as exportações para a Europa exigindo sustentabilidade obrigatoriamente, é provável que a China, nosso maior parceiro comercial, siga o mesmo caminho em breve.

Para obter a certificação FSC®, o primeiro passo é entrar em contato com um organismo certificador acreditado. Esse organismo realizará auditorias para avaliar se a organização atende aos requisitos necessários. Se os critérios forem cumpridos, um certificado será emitido com validade de cinco anos, mas será necessário realizar manutenções anuais para comprovar a continuidade das boas práticas. As informações são de Paulo Bertolini, diretor-geral da APCER Brasil.

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