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Como foram as exportações do agro?

Saiba o desempenho do setor


Foto: Pixabay

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou as exportações do agronegócio de dezembro/21 que somaram USD 9,9 bilhões, aumento de 18% em comparação ao mês anterior. Destaca-se a alta do valor frente aos dois meses anteriores. Assim, a receita obtida no mesmo mês é 35,6% maior em relação ao mesmo período do ano de 2020. No acumulado de 2021, o agronegócio totalizou USD 120,8 bilhões em exportações, 19,8% acima do total de 2020 e o maior valor anual já registrado.

No complexo soja, destaque para o óleo de soja que em 2021 teve o volume de 1,5 milhão de toneladas embarcadas, 69,3% maior em relação ao total de 2020. Quanto à soja em grãos, o volume exportado foi 3,8% maior versus 2020, totalizando 86,1 milhões de toneladas. Para o farelo de soja, as vendas externas acumularam 17,4 milhões de toneladas, volume 2,6% maior em relação a 2020. Assim, no ano de 2021, as exportações dos três principais produtos do complexo somaram USD 48,1 bilhões, aumento de 37,3% em relação ao total de 2020.

Na parte de proteínas animais, a carne bovina in natura registrou novamente queda no volume exportado em dezembro/21 contra dezembro/2020, diminuição de 11,0%. Entretanto, destaca-se a recuperação no total exportado no último mês em comparação à novembro de 2021, o que representou 126,9 mil toneladas, valor 56,3% maior. Essa melhora pode ser explicada pela normalização do fluxo de compras de carne bovina por parte dos chineses a partir do dia 15.

Assim, no ano de 2021, o volume de carne bovina in natura exportada foi 9,5% menor do que em 2020, totalizando 1,56 milhão de toneladas, justificadas pelo bloqueio chinês entre 4/set e 15/dez. Destaques para as carnes suína e de frango in natura, as quais registraram aumentos de 12,7% e 8,3%, respectivamente, nos volumes anuais exportados versus 2020. Sendo que para a carne suína in natura as vendas externas totalizaram 1 milhão de toneladas e para a carne de frango in natura 4,4 milhões de toneladas.

No que se diz respeito aos preços em dólares, para as proteínas animais, destaca-se os ganhos nas cotações anuais frente a 2020 da carne de frango in natura (25,3%) e carne suína in natura (16,8%). Para a carne bovina in natura, mesmo com a redução do volume, os preços em 2021foram 7,0% maiores em relação a 2020. No complexo sucroenergético, os três principais produtos registraram quedas nos volumes exportados, no comparativo anual. Para o etanol, o volume exportado foi de 1,6 milhão de toneladas, queda de 26,8% frente a 2020. Já o açúcar refinado registrou 3,26 milhões de toneladas embarcadas em 2021, redução de 17,6% contra 2020.

Quanto ao açúcar bruto, o volume de vendas externas foi de 23,9 milhões de toneladas, valor 10,6% menor contra o ano anterior. No mês de dezembro/21, os 157,8 mil m³ exportados de etanol resultaram em um aumento expressivo de 85,3% versus novembro/21.

Para o milho, o volume exportado no ano de 2021 foi de 20,4 milhões de toneladas, valor 41,1% menor em relação ao volume de 2020. Essa redução pode ser justificada pela quebra da safrinha. Apesar da redução do volume, o preços em dólar para o cereal apresentou aumento de 20,6% no ano de 2021 e 23,4% no embarcado em dezembro/2021, em comparação com os mesmos períodos de 2020. Em relação ao algodão, o total embarcado no ano foi de 2,1 milhões de toneladas, redução de 3,3% contra 2020.

Pensando agora nos portos, houve uma diminuição de 2% do volume exportado pelo porto de Santos (SP) em 2021 contra o total embarcado em 2020. O mesmo vale para o porto de Paranaguá (PR), outra unidade expressiva nas exportações brasileiras, onde houve diminuição de 1%. Destaque para o aumento da participação dos portos de Rio Grande (RS) em 3% e de São Luís (MA) com 1% a mais do que o ano anterior.

Quando segmentado entre os principais volumes exportados por commodity (soja, milho, farelo e açúcar), a participação entre os portos do Arco Sul e Arco Norte destaca-se a mudança do fluxo logístico do milho. O cereal aumentou 7 pontos percentuais no ano de 2021 na participação do Arco Norte, somando 48% nesses portos, enquanto no Arco Sul a concentração foi de 52%. Já os outros produtos mencionados não tiveram mudanças estruturais no fluxo entre as duas regiões dos portos.

análise da Consultoria Agro Itaú.

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