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Como funcionam os ciclos econômicos e onde o Brasil está

Como funciona um ciclo econômico? Ele se divide em duas fases que se alternam


Como funciona um ciclo econômico? Ele se divide em duas fases que se alternam. Na mais longa, a de expansão, a economia cresce até atingir um novo pico. Nela, são gerados desequilíbrios macroeconômicos (inflação, déficits de contas externas ou déficits fiscais) que, para serem corrigidos, exigem a adoção de medidas que acabam fazendo a economia parar de crescer, dando início à fase seguinte, a de contração. Esta, por sua vez, dura até estes desequilíbrios serem suficientemente reduzidos para que a economia possa voltar a crescer. 

Aí, começa um novo ciclo econômico, com uma nova fase de expansão, que é dividida em duas subfases. A 1ª dura até que o antigo pico seja atingido novamente; é o período de recuperação. A 2ª vai até um novo pico; é o período de prosperidade, quando a sociedade alcança níveis de produção e renda nunca atingidos antes. 

Na fase de recuperação, como o próprio nome diz, o país apenas recupera a prosperidade perdida na contração anterior. Nela, o desemprego ainda é alto e a sensação ruim, mas o crescimento costuma ser mais acelerado e as oportunidades de negócios e investimentos até melhores do que na fase de prosperidade.

No Brasil, atingimos o último pico no quarto trimestre de 2014. Na sequência, em função dos desequilíbrios de contas externas e fiscal e inflação gerados na expansão anterior, agravados pela crise política que dificultou a implementação das medidas necessárias para resolvê-los, tivemos a mais longa e profunda contração da História brasileira, que durou até o último trimestre de 2016. 

Desde então, estamos na fase de recuperação. Apesar da corrupção e do caos político que ainda imperam e empobrecem o país, o PIB brasileiro cresce há 5 trimestres consecutivos. No entanto, fomos tão ao fundo do poço na última contração que, apesar da recuperação, o desemprego continua altíssimo e a maioria das pessoas ainda não nota a melhora da economia porque ainda estamos muito abaixo do último pico. O pior é que com a não aprovação da Reforma da Previdência - que fragilizou as contas públicas - mais a elevação dos juros nos EUA e as incertezas eleitorais - que fazem o dólar subir, elevando a inflação - somados à paralisação do país com a greve dos caminhoneiros - que sozinha deve reduzir o crescimento da economia brasileira em cerca de 1 p.p. - o risco de que tenhamos um soluço na recuperação econômica nunca foi tão grande. E logo quando a recuperação estava se acelerando com, por exemplo, a produção da indústria crescendo 8,9% em abril, o maior crescimento em 5 anos.

Ricardo Amorim, autor do bestseller Depois da Tempestade, apresentador do Manhattan Connection da Globonews, o economista mais influente do Brasil segundo a revista Forbes, o brasileiro mais influente no LinkedIn, único brasileiro entre os melhores palestrantes mundiais do Speakers Corner, ganhador do prêmio Os + Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, presidente da Ricam Consultoria e cofundador da Smartrips.co e da AAA Plataforma de Inovação.

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