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Contratos do trigo fecham em alta pelo quarto pregão

No movimento inverso ao trigo, o milho registrou o segundo dia seguido com valores mais baixos na Bolsa de Chicago


Pelo quarto dia consecutivo os contratos futuros do trigo encerram o pregão valorizados. Ontem, o papel com vencimento em março foi avaliado em 892 centavos de dólar por bushel na Bolsa de Chicago (CBOT), 0,99% mais alta que na segunda-feira. No período, o preço do grão subiu 5%.

"O tempo seco na Austrália continua dando suporte ao trigo", afirma Fábio Turquino Barros, analista da AgraFNP. Segundo ele, no dia de ontem houve um "movimento pontual de cobertura de posição" diante das notícias de vendas de 330 mil toneladas do cereal dos Estados Unidos à Argélia e do interesse de compra do Paquistão e da Turquia. No mercado interno, apesar do avanço da colheita, os negócios estão travados. Ontem o grão estava cotado a R$ 33 a saca (60 quilos) no Rio Grande do Sul e R$ 38 a saca no Paraná.

No movimento inverso ao trigo, o milho registrou o segundo dia seguido com valores mais baixos. Ontem o contrato para dezembro na CBOT estava avaliado a 371,75 centavos de dólar por bushel, 0,47% abaixo do valor do dia anterior. Barros diz que o grão está sendo pressionado pelo avanço da colheita. De acordo com o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), 22% da área foi colhida ante a 14% na semana anterior. O governo também estimou que 63% das lavouras estão em boas condições.

No mercado interno, a movimentação está travada. Ontem o cereal era negociado a R$ 25,5 a saca no Paraná. O dia foi de cotações mais baixas também para a soja. O contrato com vencimento em janeiro encerrou o pregão na CBOT a 989 centavos de dólar por bushel, 0,56% abaixo do fechamento de segunda-feira. O recuo no preço internacional do petróleo e os dados sobre a lavoura dos Estados Unidos teriam influenciado o mercado. De acordo com o Usda, 12% da área foi colhida ante a 4% na semana anterior. O departamento também elevou as condições da lavoura, que passaram de 56% para 58% consideradas boas ou excelentes. "A queda foi limitadas com a preocupação da seca em Mato Grosso", afirma Barros. Segundo ele, as previsões de que a chuva só retornem ao estado em 10 de outubro.

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