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Crime ambiental em Rondônia

Uma quadrilha está loteando áreas da reserva extrativista Rio Preto-Jacundá, em Rondônia. O fogo já destruiu milhares de hectares


Uma quadrilha está loteando áreas da reserva extrativista Rio Preto-Jacundá, no norte de Rondônia. O fogo já destruiu milhares de hectares. Uma operação da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado começou a investigar e a prender os envolvidos no crime.

Na área de Cujubim, em Machadinho do Oeste, a 400 quilometros de Porto Velho, está a maioria das 44 unidades de conservação do Estado. São 16 reservas extrativistas e sete florestas estaduais de rendimento sustentável.

A Rio Preto-Jacundá é uma das que vem sofrendo invasões. As imagens aéreas mostram queimadas. As estradinhas abertas na mata são os caminhos por onde passa a madeira retirada clandestinamente, um dos principais crimes.

O serviço de inteligência da Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado está monitorando a movimentação na reserva há mais de seis meses. A investigação apontou para a existência de uma quadrilha que está loteando e vendendo áreas dentro da reserva.

Eles montaram barreira na principal estrada de acesso à reserva. Na abordagem a um acampamento ninguém foi encontrado. Mas quem fugiu deixou para trás roupas e utensílios. Já foram encontrados 13 acampamentos.

Percorrendo as estradas é fácil encontrar as chamadas esplanadas, áreas abertas para depositar a madeira que mais tarde é transportada. O clima é tenso na região. Há informações apuradas pela polícia de que exista um grupo armado. Vinte pessoas foram presas.

“Essas pessoas já contaram e já citaram nomes. Mas ainda está em sigilo em função de que existe uma investigação para que possamos apurar com mais certeza”, explicou Luiz Cláudio Fernandes, coordenador da unidade de conservação.

Em dez dias de trabalho foram apreendidos caminhões, tratores, motocicletas e motosserras. A operação deve durar pelo menos 30 dias.

A fiscalização conta com a participação de agentes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, da Polícia Ambiental e do Departamento de Operações Especiais.

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