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Cuidados no cultivo da Canola

O controle de insetos é necessário na cultura, visto que a área foliar possui importância decisiva no rendimento, especialmente no início da floração



A canola (Brassica napus L. var oleífera) é uma espécie oleaginosa, da família das crucíferas, passível de incorporação nos sistemas de produção de grãos do Sul do Brasil. Além da produção de óleo vegetal para consumo humano (grãos colhidos no Brasil apresentam em torno de 38% de óleo), ela também serve na produção de biodiesel e ração animal (34 a 38 % de proteínas). Porém seus benefícios vão mais além. Em rotação de cultura com o trigo ela diminui os problemas de doenças que afetam esse cereal (redução de inoculo de fungos necrotróficos que comprometem o rendimento e qualidade de trigo, a exemplo do Fusarium graminearum e Septoria nodorum) e utiliza os mesmos maquinários e equipamentos. Também traz benefícios para as leguminosas, como soja (não é hospedeira de nematóide de cisto, por exemplo) e feijão, e gramíneas, caso do milho (reduz problemas causados por mancha de diplodia e cercosporiose), cultivadas em sucessão aos cultivos de inverno, na safra de verão.

O cultivo da canola no Rio Grande do Sul ocorre de abril a junho, nas regiões Norte e Noroeste. As geadas que ocorrem nesta época do ano e que coincidem com a floração tem menor efeito sobre o rendimento de grãos de canola do que sobre outras espécies cultivadas no inverno. Embora a geada cause aborto das flores, o longo período de floração, típico da canola, que varia de 20 dias em híbridos precoces e até mais de 45 dias em híbridos de ciclo longo, permite compensar a perda de flores. A geada tardia pode causar prejuízo se a cultura recém terminou a floração e os grãos estão na fase leitosa.

Em termo de doenças as que causam maior dano na cultura, são a canela-preta (Leptosphaeria maculans), cujos sintomas e nível de infecção das lavouras se tornam mais visíveis na floração; podridão branca da haste (Sclerotinia sclerotiorum); podridão negra das crucíferas (Xanthomonas campestris pv. Campestris) e mancha de alternaria (Alternaria brassicae).

O controle de insetos é necessário, visto que a área foliar possui importância decisiva no rendimento, especialmente no início da floração (monitoramento intensivo nesta fase). Corós, vaquinhas, percevejos (em anos mais quentes), traças e pulgões podem trazer prejuízos para a canola. A recomendação é o monitoramento intensivo e controle rápido das pragas.

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