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Déficit em produtos químicos avança 49,4%

Em fevereiro, as importações de produtos químicos foram de praticamente US$ 5,6 bilhões


Foto: inpEV

O déficit acumulado da balança comercial de produtos químicos atingiu recorde de US$ 8,1 bilhões nos dois primeiros meses do ano, ou seja, um crescimento de expressivos 49,4% em relação ao mesmo período do ano passado, que havia sido de US$ 5,4 bilhões. As informações são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

“No primeiro bimestre de 2022, as importações de produtos químicos totalizaram mais de US$ 10,6 bilhões, avançando 47,8% em relação ao mesmo período de 2021, no maior patamar de aquisições para os dois primeiros meses do ano em toda a série histórica de acompanhamento da balança comercial setorial. Já as exportações, de pouco mais de US$ 2,5 bilhões, apresentaram, por sua vez, um aumento de 43% na mesma comparação. Ambos os resultados foram fortemente influenciados pelos aumentos de 63,1% nos preços dos produtos químicos importados pelo Brasil e de 44,5% daqueles exportados pelo País para seus parceiros comerciais”, indicou, por meio de sua assessoria de imprensa.

Em fevereiro, as importações de produtos químicos foram de praticamente US$ 5,6 bilhões, aumento de 52,3% em relação ao mesmo mês no ano passado e de 10,5% na comparação com janeiro de 2022 e as exportações, de praticamente US$ 1,3 bilhão, em fevereiro, cresceram respectivamente 43,2% e 1,8% em iguais comparações. Segundo o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, o delicado momento das relações internacionais expõe a vulnerabilidade estratégica do Brasil decorrente da elevada dependência de insumos e matérias-primas que poderiam ser fabricadas no País em condições competitivas mais favoráveis.

 “A pandemia da COVID19 e agora a guerra na Ucrânia demonstram a necessidade imediata de uma Política Industrial, desenvolvida a partir de uma Estratégia de Estado com visão de longo prazo, que fortaleça a competitividade das produções instaladas e atraiam novos investimentos. Só assim será possível reduzir a vulnerabilidade do Brasil em elos críticos de cadeias produtivas, garantir pleno abastecimento e a preços menos suscetíveis a choques internacionais e viabilizar sustentabilidade para o crescimento econômico nacional. Nesse contexto, a recondução do REIQ e estabelecimento do Plano Nacional de Fertilizantes são medidas urgentes e indispensáveis para a indústria e para toda a sociedade”, destaca Ciro Marino.

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