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Embrapa Instrumentação aumenta parcerias com setor produtivo focadas em demandas do mercado

A pandemia não impediu que a Embrapa Instrumentação aumentasse as parcerias com o setor produtivo


Foto: Eliza Maliszewski

As adversidades causadas pela pandemia do novo Coronavírus em 2020 não impediram que a Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP) aumentasse as parcerias com o setor produtivo, focadas em demandas de mercado, viabilizadas com projetos da chamada inovação aberta, que permitem agilizar a obtenção de resultados e soluções tecnológicas.

Se em 2019 o Centro de Pesquisa firmou três contratos de cooperação técnica-financeira, esse número triplicou em 2020, com nove acordos, cuja duração é de cinco anos. Esses contratos envolvem valores financeiros diretos de R$1,1 milhão captado junto às empresas e R$1,9 milhão aportado pela Embrapa.

Além dos valores financeiros, existem os recursos indiretos (mão-de-obra, infraestrutura), que atingem R$ 4,6 milhões por parte da Embrapa e R$ 5 milhões pelas empresas parceiras. “É uma relação na qual ambos ganham, pois as empresas parceiras, em sua maioria, são startups, que muitas vezes não dispõem de equipamentos e pessoal. Por outro lado, esses valores vão contribuir para o financiamento de parte de nossa carteira de projetos”, explica o chefe adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento, José Manoel Marconcini.

“Vale ressaltar também que esse tipo de projeto começa e termina no setor produtivo (cliente/cidadão/usuário externo) e que, nas parcerias formalizadas, existe o compromisso da empresa com a adoção das soluções tecnológicas a serem geradas, ou seja, a sociedade será impactada pelas inovações que surgirem”, argumenta o chefe-geral da Embrapa Instrumentação, João Naime.

Na terra e no ar

Os contratos de inovação aberta realizados pela Embrapa Instrumentação em 2020 impactam diferentes áreas do agronegócio, desde commodities como algodão e soja, passando pela produção de uvas e vinho, fruticultura, química e fertilidade do solo, automação e inteligência artificial na agricultura, nanotecnologia, entre outros.

Os temas dos projetos envolvem o desenvolvimento de métodos para análises quantitativas de macro e micronutrientes em tecidos vegetais para serem usados em sistema de laser; sonda multiparâmetros para análise das propriedades físico-químicas do solo; equipamento fotônico portátil para classificação de defeitos em grãos de soja; vitivinicultura de precisão na região Sudeste.

As parcerias também incluem pesquisas com nanoemulsão de cera de carnaúba com óleo essencial; sensor colorimétrico para rastreamento da qualidade de frutos climatéricos; novas formulações de inoculantes microbianos para tratamento de sementes; diagnósticos precoces de doenças com técnicas fotônicas em sistemas produtivos de algodão e soja em Mato Grosso; além do desenvolvimento de veículos aéreos autônomos ou remotamente controlados para liberação de agentes de controle biológico em campo.

“É importante observar que o VII Plano Diretor da Embrapa, lançado em novembro de 2020, prevê que até 2023 ocorra um aumento para 40% em relação à participação de projetos de inovação aberta com o setor produtivo na programação de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Empresa”, explica Débora Milori, chefe adjunta de Transferência de Tecnologia.

“Mas a Embrapa Instrumentação, atenta à essa sinalização e aos anseios do setor produtivo e da sociedade, já atingiu a expressiva marca de 63,1% em inovação aberta ao final de 2020, dos 38 projetos que o Centro de Pesquisa lidera atualmente. Mais do que uma tendência, é uma realidade a conexão com as empresas de diferentes segmentos, com o objetivo de alavancar, a partir de tecnologias em alto nível, os resultados do agronegócio brasileiro”, finaliza Débora Milori.

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