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Empresa desenvolve vacina contra botulismo

Doença gera mais de R$ 500 milhões por ano em prejuízos na pecuária brasileira


Foto: Marcel Oliveira

O botulismo em bovinos é uma intoxicação e infecção alimentar que se dá quando o animal ingere alimento ou água contaminada com a bactéria Clostridium botulinum, presente no ambiente ou ainda como consequência da baixa ou nenhuma mineralização, da falta de correção do solo, e da carência de nutrientes na dieta. A doença causa paralisia motora progressiva por isso também é conhecida como doença da vaca caída.

O Clostridium botulinum pode permanecer no solo e em matéria orgânica por longos períodos, sem causar doença. Porém, quando encontra um ambiente favorável de anaerobiose, ou seja, sem oxigênio, os esporos germinam e produzem neurotoxinas.

As taxas de mortalidade são grandes e, por isso, os prejuízos no Brasil chegam a cerca de R$ 500 milhões por ano. Bovinos confinados também podem adquirir a intoxicação de forma esporádica quando alimentados com silagem, feno ou ração mal conservados, que possam conter matéria orgânica em decomposição ou carcaças de pequenos mamíferos e aves, que por acidente, possam ter sido incorporados ao alimento no momento da preparação.

A multinacional argentina Biogénesis Bagó, anunciou uma vacina contra o botulismo a ser comercializada ainda a partir deste mês. Com o nome comercial Botulinogen é uma vacina bivalente e específica para proteger contra a doença, disponibilizada em apresentações de 20 doses e de 50 doses.

Considerando que o tratamento dos animais enfermos é geralmente ineficaz e economicamente impraticável, o controle do botulismo bovino consiste na adoção de medidas preventivas relacionadas à melhoria das condições ambientais e sanitárias como eliminação de fontes de contaminação nas pastagens através da remoção e incineração de carcaças; manejo nutricional adequado, como a correção da deficiência de fósforo nas pastagens e suplementação mineral permanente dos animais.

Para o Gerente de Produtos da Biogénesis Bagó Brasil, Pedro Hespanha, a vacinação é um dos meios profiláticos mais eficazes para prevenir a doença. “A vacinação deve ser feita anualmente, antes do período das chuvas, sendo que a primeira imunização deve ser seguida de reforço quatro a seis semanas após a primeira dose. Em algumas situações, como no confinamento, esta é a principal medida de controle do botulismo”, orienta Hespanha.
 

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