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Entrada do Brasil na OCDE pode aumentar o PIB

O crescimento econômico previsto é de aproximadamente US? 7 bilhões anuais


Foto: Eliza Maliszewski

Um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra como ficaria a economia brasileira caso o país entre na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os pesquisadores Otaviano Canuto e Tiago Ribeiro listam uma série de artigos sobre o tema. Segundo eles o Brasil poderá crescer 0,4% no PIB per capita, por ano. Isso representa crescimento de US$ 7 bilhões anuais em bens e serviços.

De acordo com dados analisados e fornecidos pelo Banco Mundial, os autores apontam que caso a candidatura do Brasil seja aceita e confirmada, os estímulos em fluxo de capital devem impulsionar a atividade de comércio exterior. 

Entre os principais benefícios econômicos listados, a eventual entrada pode alavancar o processo de abertura para a economia global. O estudo destaca a possibilidade de contribuir para o aumento do superávit e ampliar a captação de novos investimentos externos no país. Além disso, o processo pode impulsionar a participação de cadeias produtivas globais, bem como a realização de novos acordos de cooperação com organismos internacionais como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A edição especial deste estudo foi publicada na Revista Tempo do Mundo e também traz indicadores que analisam os impactos econômicos gerados em países membros da OCDE. Os dados verificados pela economista Catalina Crane Arango, no estudo O Caminho da Colômbia para a OCDE, apresentam um diagnóstico sobre os resultados observados após o ingresso do país na entidade.

As análises confirmam a previsão de benefícios econômicos estimados, como a redução de 36,9% das barreiras tarifárias, resultando em acréscimo de 1,8% no comércio interno no período entre 2015 e 2019. A mesma tendência de alta e de ganhos para a balança comercial foi observada nos casos da Hungria, Polônia e República Eslava, após estes países terem ingressado na OCDE.

Atualmente, além do Brasil, Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia também pleiteiam a acessão à OCDE. A entidade conta atualmente com 36 membros, e o aumento no número de candidaturas fez a organização buscar a definição de novos critérios para a aceitação de candidaturas. O Brasil apresentou formalmente sua candidatura em 2017 com o objetivo de implementar avanços na agenda de política econômica externa.
 

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