Estudo aponta impacto do cashback de tributos para famílias

O cashback de tributos sobre o consumo ganha espaço no debate nacional ao propor alívio no orçamento de famílias de baixa renda e maior estímulo à economia formal. As estimativas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas indicam que a devolução, prevista para começar em 2027, pode elevar em média cerca de 10 por cento os recursos mensais das famílias cadastradas no CadÚnico.

Os dados da FGV Ibre mostram diferenças regionais. O Centro Oeste pode alcançar até 12 por cento de acréscimo. Sul e Sudeste registram projeções de 10,1 e 11 por cento. No Norte, o retorno esperado é de 8,3 por cento e o Nordeste apresenta o menor índice, com 7,8 por cento. O mecanismo vale apenas para compras em empresas formais, o que reforça a importância da emissão de nota fiscal para garantir a devolução direta na conta.

A diretora financeira da Conaje, Dayane Robledo, afirma que o cashback representa avanço na modernização tributária e destaca que o incentivo à formalização ajuda tanto consumidores quanto pequenos negócios. Para micros e pequenos empresários, a expectativa é de maior movimento nas vendas regulares, já que o consumidor tende a preferir estabelecimentos aptos a garantir o benefício.

"Este é um passo importante para um sistema mais justo e atual. Ele ajuda quem mais precisa e, ao mesmo tempo, estimula a formalização e o crescimento dos pequenos negócios. Vale lembrar que o projeto ainda está em construção e será ajustado ao longo do tempo, mas representa uma mudança positiva de mentalidade, como transformar impostos em retorno social e em oportunidades para quem empreende de forma correta", finaliza a diretora financeira da Conaje