A beterraba doce transgênica, usada na produção do açúcar, causa menos danos ao meio ambiente que a convencional, apontou o resultado de um polêmico estudo que acaba de ser concluído no Reino Unido.
O estudo, publicado pela revista científica New Scientist, é o primeiro a mensurar o impacto das safras de beterraba transgênica no meio ambiente, levando em consideração suas influências no aquecimento global, efeito estufa e nível de toxinas liberados no ambiente aquático.
"A principal conclusão é que o herbicida utilizado na safra transgênica é considerado entre 15 e 50% mais "saudável" para o meio ambiente" afirmou Richard Phipps, da Escola de Agricultura da Universidade de Reading em Kershire, Reino Unido.
Segundo Phipps e seu colega Richard Bennett, os benefícios decorrem principalmente do fato dos agricultores usarem uma quantidade bem menor de pesticidas e de rodarem menos com os tratores, reduzindo o consumo de combustível.
Os resultados contradizem estudos de impacto realizados recentemente no Reino Unido com a finalidade de comparar os efeitos dos sistemas de plantio transgênico e convencionais sob a vida no campo. Segundo eles, a beterraba transgênica é mais prejudicial que a convencional, e o milho transgênico, resistente a um determinado tipo de pesticida, é menos prejudicial que o convencional.
O estudo realizado por Phipps e Bennet baseou-se na coleta de dados de publicações especializadas, entrevistas com fazendeiros e pesquisas de campo realizadas com beterraba transgênica e convencional, mas a polêmica em torno dos resultados é grande. Segundo pesquisadores, o resultado do estudo não é completo o suficiente para garantir a ausência de risco deste tipo de cultivo transgênico para o meio ambiente.