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Estudo mapeia produção de milho orgânico

Mais da metade (56%) da produção está concentrada na região Sul


Foto: Guilherme Viana

Um levantamento feito pela  Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) aponta um avanço do cultivo de milho orgânico no país. De 2019 para 2020 o crescimento foi de 90%. Segundo dados do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO), vinculado ao Mapa, mostram que mais da metade (56%) da produção está concentrada na região Sul.

O objetivo da pesquisa intitulada “Variação geográfica da ocorrência de produtores de milho orgânico cadastrados no Brasil” é identificar em que regiões esse tipo de cultivo está mais presente e incentivar a expansão para outras, de forma sustentável, com foco em pesquisas e investimentos de políticas públicas para o assunto.

“O milho representa uma cultura importante para a alimentação humana e animal, e a tendência por um consumo alimentar consciente tem implicado uma demanda muito maior do que a oferta. Porém, são escassas as informações nacionais conjuntas sobre a localização geográfica dos produtores de milho orgânico no Brasil, por isso, fizemos esse levantamento em nível nacional”, explica a pesquisadora Elena Charlotte Landau, da Embrapa Milho e Sorgo. 

O pequeno volume produzido do cereal (0,03% da produção nacional da safra de milho 2015/2016 ou 20.520 toneladas) representa um gargalo para a expansão da pecuária, avicultura e suinocultura orgânicas, o que também reflete no maior preço do milho orgânico, se comparado ao do milho convencional. 

Em janeiro de 2021, o CNPO contabilizou 22.427 produtores cadastrados no Brasil. Entre eles, 30,59% (6.860 produtores) apresentam cadastro para a produção de milho orgânico, em 865 municípios. O estado do Paraná concentra quase um terço dos produtores de milho orgânico cadastrados no País (31,20%, 2.140 produtores), principalmente em municípios como Tijuca do Sul, Castro, Cerro Azul, Lapa e Rio Branco do Sul. Em seguida, vem os estados do Rio Grande do Sul (16,15%, 1.108 produtores), São Paulo (11,81%, 810 produtores), Santa Catarina (9,42%, 646 produtores), Bahia (5,73%, 393 produtores) e Rio de Janeiro (5,60%, 384 produtores).
 

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