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Europeus compram soja americana

Disputas com a China obrigam EUA a diversificar destino da soja


As tensões entre a China e os Estados Unidos desencadearam uma enxurrada de compras de soja dos Estados Unidos por compradores europeus, um dos maiores sinais que as tarifas que ameaçam o comércio entre as duas maiores economias do mundo estão gerando um disruptura no comércio internacional.

Notícias das vendas, confirmadas pelo Departamento da Agricultura dos Estados Unidos na sexta-feira ,ajudaram a dar sustentação aos preços de soja na bolsa de Chicago depois que o presidente Donald Trump impôs novas tarifas em US$ 100 bilhões de produtos chineses.

O USDA afirmou que 458 mil toneladas de soja americana foram vendidas para destinos não revelados, o que traders e analistas de grãos inclui processadores de soja na Holanda e na Alemanha.

Se o volume inteiro for confirmado para a União Europeia, seria a maior venda de um país de fora do bloco em mais de 15 anos, segundo os dados do USDA. “Nós estamos vendo um realinhamento do comércio”, sobretudo porque a política está empurrando os preços de soja do Brasil”, disse Jack Scoville.

Analistas e comerciantes afirmaram que os fluxos não usuais de comércio continuarão no curto prazo, beneficiando os exportadores do Golfo do México e prejudicando exportador no Noroeste do Pacífico.

As tensões entre Washington e Pequim afetaram o mercado na semana passada. A soja caiu até 5% depois que a China ameaçou colocar tarifas-extra nos envios americanos. No final da semana, o preço ficou cerca de 1% abaixo.  

As grandes vendas de soja americana chegam em um momento que tradicionalmente os envios dos Estados Unidos são tradicionalmente mais caros que a soja recém-colhida do Brasil, atualmente o maior exportador do mundo.

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