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Exportações do agro são as menores desde fevereiro

No acumulado de 2021 há alta de 26,4% em relação mesmo período no ano passado


Foto: Divulgação

Um relatório produzido pelo Itaú BBA, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) aponta que as exportações do agronegócio de novembro somaram USD 8,4 bilhões,redução de 4,5% em comparação ao mês anterior. Esse valor é o menor desde fevereiro de 2021. Entretanto a receita obtida no mesmo mês é 6,3% maior em relação ao mesmo período do ano de 2020. No acumulado do ano até o momento, o agronegócio totalizou USD 110,9 bilhões em exportações, 26,4% acima do mesmo período no ano passado.

No complexo soja, destaque para o óleo de soja, que em novembro apresentou grande aumento no volume de exportação, sendo 1.999,4% maior em relação a novembro/2020. Para a soja em grãos e o farelo de soja foram registrados aumento de 80,2% e diminuição de 8,6%, respectivamente, dos volumes embarcados no mesmo período de 2020. Assim, no acumulado anual, as exportações dos três principais produtos do complexo somaram USD 45,4 bilhões, aumento de 34,8% em relação ao acumulado para o mesmo período de 2020.

Na parte de proteínas animais, os três principais produtos apresentaram quedas nos volumes exportados. A manutenção do embargo chinês às vendas de carne bovina brasileira ao país contribuiu para mais uma queda nos volumes embarcados, como registrado também em outubro. Assim, a carne bovina in natura recuou 51,6% contra novembro/20 e 9,5% no volume acumulado anual.

Já a carne suína in natura e a carne de frango in natura apresentaram diminuições de 7,8% e 5,8%, respectivamente, nos volumes mensais versus novembro/2020. Mas no acumulado anual, as proteínas de frango e suína registraram aumentos de 10% e 14,3% respectivamente frente ao acumulado do ano anterior.

No que se diz respeito aos preços em dólares, para as proteínas animais, destaca-se os ganhos significativos nas cotações frente a novembro/2020 da carne bovina in natura (11,8%) e da carne de frango in natura (34,1%). Entretanto, para a carne a suína a variação novembro/2021 versus novembro/2020 apresentou-se negativa em 8,8%.

No complexo sucroenergético, os três principais produtos registraram quedas nos volumes exportados, no comparativo mensal. Destaca-se a queda acentuada de 66% do etanol, 22,3% para o açúcar refinado e 7,7% para o açúcar bruto, se comparados os meses de novembro/2021 e novembro/2020. Já no acumulado desse ano em comparação com o mesmo período em 2020, somente o etanol registrou queda, de 35,8%, enquanto o açúcar refinado e o açúcar bruto obtiveram aumento nos volumes embarcados, de 34,1% e 13%, respectivamente.

Os volumes de milho embarcados continuaram em ritmo mais lento em novembro. O montante exportado no mês reduziu em 49,8% em comparação ao mesmo mês do ano de 2020. Já no acumulado anual de 2021, registrou-se uma diminuição de 46,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, os preços em dólar para o cereal apresentaram aumento de 20,2% no acumulado de 2021 e 14,4% no embarcado em novembro/2021, em comparação ao mesmos períodos de 2020. Em relação ao algodão, também houve diminuição no volume mensal (48,7%), mas registrou aumento no total acumulado no ano (3,9%).

Nos volumes embarcados por Unidade da Receita Federal (URF), destaca-se o aumento das exportações nos Portos de São Francisco (SC) (103%) e de Rio Grande (RS) (94%) na Região Sul, frente a novembro de 2020 e considerando apenas os produtos listados nesse relatório. Já no Arco-Norte brasileiro foram registradas diferentes variações, com destaque para a diminuição dos valores exportados por Salvador (BA) (54%) e Santarém (PA) (61%), e aumento dos valores absolutos no portos
de Suape (PE) (81%) e de Maceió (96%). Nos portos do Sudeste, foram registrados aumento dos valores mensais embarcados em Vitória (ES) (27%) e diminuição nos portos de Santos (SP) (11%) e de Itaguaí (RJ) (21%).

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