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Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras tem que ser em Corumbá!

"Se a negociação for iniciada com outra proposta de localização que não seja Corumbá é certo que o Mato Grosso do Sul, vai perder mais uma para os cuiabanos ou para os goianos"


Esperamos que a recente visita do governador André Puccinelli ao presidente Lula para reivindicar a instalação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras aqui no Estado de Mato Grosso do Sul, tenha prevalecido à lógica empresarial e as condições de mercado ao citado projeto, indicando a cidade de Corumbá como a única localização para a viabilidade do negocio. Qualquer outra cidade do Estado de Mato Grosso do Sul, não reúne as condições necessárias para a instalação dessa Fábrica de Fertilizantes, lembrando que também estão na disputa os estados de Mato Grosso e Goiás.

O Brasil no passado não produzia os Fertilizantes necessários para atender ao plantio das safras de grãos e tinha que importar grandes quantidades de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássio, ingredientes para produção do chamado fertilizantes NPK, que tem a sua composição definida de acordo com a característica agronômica da terra. Graças a Petrobras o país conquistou seu auto-abastecimento. A Petrobras construiu varias unidades fabris e que foi obrigado a privatizá-las nos governos Fernando Collor – Fernando Henrique Cardoso, ficando proprietário somente das fábricas localizadas em Sergipe e Bahia. Agora, novamente o Brasil está voltando a ser importador e mais uma vez o Governo brasileiro recorre a Petrobras, como a única empresa capaz e com os recursos necessários para construir essa nova Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados. O produto final é a Uréia com teor de nitrogênio de 45% que é produzido a partir do gás natural. A Uréia é utilizada na mistura NPK.

O projeto tem alcance nacional e internacional, porque a demanda do produto está ligada ao aumento da produção de alimentos, daí o Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai serem grandes consumidores. A primeira premissa para começar os estudos de localização da Fábrica da Petrobras é o preço do gás natural. Esse requisito Corumbá ganha disparado de qualquer outra cidade, porque está localizada na fronteira com o País que abastece 50% do mercado brasileiro que é a Bolívia e já tem o gasoduto construído entre Mutum e Corumbá/Ladário. Esse mini gasoduto permite que o custo do gás natural seja competitivo em razão de não passar pelo gasoduto “GASBOL” que cobra tarifa postal de transporte igual para todos os Estados por onde passa, que somado ao preço do gás natural, inviabiliza o projeto.

Outra característica fundamental que o projeto exige é a logística, novamente Corumbá dispõe do acesso ao Rio Paraguai que conecta com o Mato Grosso, Paraguai, Bolívia e Argentina e a estrada de ferro ligando a Campo Grande, São Paulo e ao Porto de Santos. Também é um projeto que consome grande quantidade de água no processo fabril e que depois devolve essa água tratada e purificada ao Rio Paraguai.

Portanto, qualquer decisão sobre o local para construção dessa grandiosa Fábrica de Fertilizantes deve levar em consideração esses aspectos de economia, logística e mercado, porque o produto tem alto teor de concentração e é transportado até as misturadoras. Como exemplo, posso citar o Potássio que é produzido na Europa e no Chile e é utilizado em todo o território brasileiro.

Essa vitória tem que ser de Corumbá, mas para tanto, precisamos organizar uma grande mobilização de toda sociedade pantaneira e principalmente das nossas autoridades, principalmente o nosso senador Delcidio do Amaral (PT), do deputado federal pantaneiro Vander Loubet, também do PT e deputado estadual Paulo Duarte, devido sua grande amizade com o ministro Paulo Bernardo, que poderá ser o homem chave em Brasília para que essa fantástica indústria seja instalada aqui na Capital do Pantanal, prefeito Ruiter Cunha de Oliveira e de toda a imprensa falada, escrita, televisada e via sites.

Finalmente, um alerta: se a negociação for iniciada com outra proposta de localização que não seja Corumbá é certo que o Mato Grosso do Sul, vai perder mais uma para os cuiabanos ou para os goianos que levaram a cota do antigo Moinho Mato-grossense. É uma grande oportunidade para a nossa querida Cidade Branca, se firmar como um grande pólo de desenvolvimento regional e fazer justiça a melhor utilização dos recursos naturais, geográficos e econômicos, gerando divisas para os cofres municipais, estaduais e ofertas de empregos para a mão de obra altamente qualificada.
 
Artigo originalmente publicado no site Pantanal News, em 26.08.2009.

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