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Farelo de soja terá novas regras para exportação

Todos devem passar por um teste de combustão antes do embarque


Foto: Divulgação

O Brasil conquistou o posto de maior produtor mundial de soja e o farelo vem nessa onda. Segundo a consultoria StoneX a produção de farelo totalizou 124,35 milhões de toneladas até outubro e a projeção é encerrar 2020 com exportações de 82,5 milhões de toneladas. Ele é produzido a partir da moagem de flocos de soja descascada e desengordurada. O farelo obtido como um subproduto na extração do óleo é usado, principalmente, como ração animal, devido ao alto teor de proteína (43 – 48%). Embora o farelo seja considerado tecnicamente um subproduto, ele é a parte mais lucrativa da indústria de óleo de soja. O preço do farelo no mercado varia de acordo com o seu índice de proteína.

Sendo um produto de maior valor agregado é o nono mais vendido pelo Brasil. Em 2019 , segundo dados da ComexStat, o principal destino foi Países Baixos. A Holanda representou 16%. Em seguida vem a Tailândia, que representa cerca de 11%. Os maiores exportadores foram Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

A partir de janeiro de 2021 a exportação de farelo de soja terá novas regras obrigatórias. Trata-se de um código da Organização Marítima Internacional (IMO) sobre segurança no transporte de farelo de oleaginosas, como o farelo de soja, em cujo processo de extração de óleo tenham sido utilizado solventes. Todos devem passar por um teste de combustão antes do embarque para evitar incêndios.

As empresas que trabalham com inspeção destacam que é aconselhável realizar o teste  pois houve casos de farelos de sojas entrando na combustão por alto aquecimento. As empresas terão, portanto, que realizar os ensaios e testes necessários para atender as normas de segurança do IMSCB (International Maritime Solid Bulk Cargoes). Para realizarem o teste e certificar de que o farelo não será classificado como perigoso, os produtores podem coletar amostras e enviar aos laboratórios ou receber representantes para coleta no local.

O presidente da Intertek Brasil, Hélio Simões, empresa voltada para este tipo de serviço, que tem laboratórios em 14 estados brasileiros, destaca que houve aumento na demanda pelos testes. "A agilidade da capilaridade de laboratórios é exatamente o que o produtor brasileiro de soja precisa neste momento já que estamos há menos de dois meses do vigor da norma", conclui.
 

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