Friboi de Pedra Preta (MT) passa pelo crivo dos russos
Técnicos não encontraram irregularidades no processamento da carne
A missão comandada por técnicos russos que inspecionou na última terça-feira (22-05) a planta frigorífica do Grupo JBS Friboi, instalada em Pedra Preta (MT), não detectou nenhuma irregularidade grave no estabelecimento. A informação foi passada nessa quinta-feira ao Diário pela chefe do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) de Mato Grosso, Judi Maria da Nóbrega.
Segundo ela, a visita da missão foi acompanhada pelo fiscal federal agropecuário de Barra do Garças (400 km ao Sudeste de Rondonópolis), Eduardo Mesquita.
Os russos fizeram sugestões para melhorar os padrões de qualidade aplicados no processamento da carne que é exportada ao país asiático, mas não houve nenhum indicativo de problemas que pudessem resultar na desabilitação da unidade frigorífica.
Judi conta que quando os técnicos percebem alguma inconformidade grave eles anunciam o descredenciamento do frigorífico ainda durante a visita.
“Isso nos dá um indicativo de que não houve nada durante a inspeção que pudesse resultar na desabilitação da planta de Pedra Preta”, frisou. Os russos também não encontraram nenhuma irregularidade que pudesse resultar na restrição comercial da produção das outras cinco unidades estaduais inspecionados este mês.
Os trabalhos em Mato Grosso começaram há duas semanas, quando os russos chegaram para inspecionar dois frigoríficos: um da Sadia, em Várzea Grande, e um do Friboi, em Cáceres. Após as visitas, o grupo alterou o cronograma inicial e incluiu outras quatro plantas mato-grossenses no roteiro. Nesta segunda etapa, foram inspecionadas duas unidades do Marfrig (Tangará da Serra e Paranatinga) e duas do Friboi (Araputanga e Pedra Preta).
O balanço final da visita russa aos frigoríficos brasileiros deveria ter sido apresentado ontem, em São Paulo. Contudo, a avaliação foi prorrogada e está prevista para acontecer nesta sexta-feira.
Judi explica que durante o balanço, os técnicos do país asiático dão o parecer geral da situação dos estabelecimentos e informam se haverá algum tipo de embargo ao País ou a alguma região específica. “Quando há problema com alguma planta a desabilitação é feita ‘in loco’”.